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Oslo/Nobel

Em meio a críticas, UE recebe o Prêmio Nobel da Paz em Oslo

Enfrentando a pior crise desde sua criação, a União Europeia recebeu nesta segunda-feira em Oslo o Prêmio Nobel da Paz por ter contribuído para transformar "um continente em guerra em um continente em paz". Em seu discurso, o presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, um pró-europeu declarado, rebateu críticas à escolha e pediu ao bloco que "siga adiante apesar da crise".

Merkel e Hollande flagrados na plateia do Instituto Nobel em sintonias diferentes, nesta segunda-feira, em Oslo..
Merkel e Hollande flagrados na plateia do Instituto Nobel em sintonias diferentes, nesta segunda-feira, em Oslo.. REUTERS
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Cerca de 20 chefes de Estado e de governo, entre eles o francês François Hollande, a alemã Angela Merkel, o italiano Mario Monti, o espanhol Mariano Rajoy e o belga Elio di Ruppo, participaram da cerimônia na capital norueguesa. A ausência marcante foi a do primeiro-ministro britânico e eurocético, David Cameron.

Os líderes da França e da Alemanha sentaram lado a lado na plateia, superando por alguns minutos suas divergências de visão para vencer a crise econômica. Merkel defende a austeridade fiscal, Hollande aplica esse programa na prática, mas busca aliados para emplacar medidas de crescimento. Entre expressões de dúvida, desconfiança e sorrisos pálidos, Hollande e Merkel se levantaram juntos para saudar o público e trocaram um aperto de mãos pela prestigiosa premiação.

O presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, pró-europeu declarado, pediu à União Europeia que siga adiante com seus projetos apesar da crise. "Conservar o que se conseguiu até agora e melhorar o que foi criado para resolver os problemas que ameaçam hoje a comunidade europeia é a única maneira de solucionar os problemas da crise financeira", disse Jagland.

O prêmio foi recebido pelos representantes das três principais instituições europeias, os presidentes do Conselho, o belga Herman Van Rompuy, da Comissão, o português José Manuel Durão Barroso, e do Parlamento Europeu, o alemão Martin Schulz.

O presidente do Comitê Nobel rebateu as críticas pela escolha, que foi contestada por ativistas de direitos humanos, grupos de esquerda e até nobelizados de temporadas anteriores. "Não estamos hoje aqui reunidos com a convicção de que a União Europeia é perfeita. Mas temos a convicção de que temos que resolver nossos problemas juntos", disse Jagland.

Para ilustrar a diversidade das populações e culturas que compõem o bloco, Jagland utilizou em sua fala várias palavras em outros idiomas.

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