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Grã-Bretanha/UE

Referendo na Grã-Bretanha sobre União Europeia é aposta arriscada

Uma aposta arriscada e que pode colocar o Reino Unido em um limbo de incertezas pelos próximos quatro anos. Assim tem sido definida a proposta do primeiro-ministro britânico, David Cameron, de realizar um referendo em 2017 sobre a permanência ou não do país na União Europeia.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron
O primeiro-ministro britânico, David Cameron REUTERS/Pascal Lauener
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De Ulisses Neto, correspondente da Rádio França Internacional, em Londres,

O plano do líder conservador foi anunciado em um discurso na quarta-feira pela manhã e rapidamente sacudiu o cenário político de Londres. Cameron está sendo atacado por todos os lados, até mesmo por integrantes de seu governo de coalizão, que consideram a manobra muito arriscada.

Para o vice-primeiro-ministro do Reino Unido, Nick Clegg, a decisão de realizar o referendo depois das eleições gerais de 2015 vai causar anos de incerteza.Sobretudo porque a renegociação sobre as condições de filiação do Reino Unido na União Europeia estão mal definidas, serão prolongadas e fatalmente custarão empregos no país que vive em crise.

A visão de Clegg recebe o apoio de grande parte do empresariado britânico que teme ver os investimentos estrangeiros fugirem do país nos próximos anos, já que ninguém sabe ao certo até quando e como será o acesso do Reino Unido ao mercado europeu.

O líder da oposição, Ed Milliband, se disse contrário a realização do referendo e acusou Cameron de fazer uma manobra política - que coloca em risco o futuro do país - se aproveitando das pesquisas de opinião que indicam que hoje a maioria da população gostaria de ver a Grã-Bretanha fora do bloco europeu.

 

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