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União Europeia/Orçamento

França limita cortes de subsídios agrícolas em orçamento europeu

Em clima tenso, os líderes europeus estão reunidos em Bruxelas nesta sexta-feira  para aprovar o orçamento da União Europeia para o período entre 2014 e 2020. Pela primeira vez em seis décadas, o orçamento será reduzido para o bloco se adaptar à crise econômica. As negociações são difíceis, mas a França já comemora uma vitória. O país defendeu com unhas e dentes e conseguiu limitar os cortes no sistema de subsídios agrícolas.  

O presidente François Hollande (à esq.), a chanceler Angela Merkel e o presidente do parlamento europeu  Martin Schulz, em Bruxelas.
O presidente François Hollande (à esq.), a chanceler Angela Merkel e o presidente do parlamento europeu Martin Schulz, em Bruxelas. REUTERS/Francois Lenoir
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O pacotão para a chamada PAC, Política Agrícola Comum, e também para a pesca, foi reduzido de 420,7 milhões de euros do orçamento anterior para 373 bilhões e meio de euros para o futuro orçamento. Mas os cortes serão bem menores do que defendiam a Grã-Bretanha, Holanda e Suécia.

Ao chegar à Bruxelas na sexta-feira de manhã, o presidente François Hollande disse que seria melhor “esquecer” o tema agrícola porque senão não haveria um acordo. A pressão funcionou.

O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, apresentou uma nova proposta para a política agrícola que ganhou uma ajuda extra de 1 bilhão e 250 milhões de euros, comparada com a versão recusada numa reunião de Cúpula em novembro passado.

Diplomatas franceses comemoraram, afirmando que os interesses dos agricultores do país foram contemplados. É que apesar da redução do volume global de dinheiro, o orçamento não vai comprometer a reforma da Política Agrícola Comum, atualmente discutida em nível europeu.

Com a PAC preservada, outros setores serão prejudicados, principalmente o da infraestrutura, o que mais sofrerá com os cortes. O funcionalismo europeu também deverá apertar mais o cinto.

Cerca de 75% dos subsídios da PAC vão para os agricultores, e o restante dividido para o desenvolvimento rural, pesca e meio ambiente.

A nova proposta da Política Agrícola Comum também prevê uma maior flexibilidade e distribuição dos recursos para os países membros da União Europeia e condiciona a transferência de 30% das ajudas diretas aos agricultores se normas ambientais forem respeitadas. 

 

 

 

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