Rússia transfere ativistas do Greenpeace para prisão em São Petersburgo
A Rússia transferiu nesta sexta-feira para uma prisão em São Petersburgo os 30 membros da tripulação do barco do Greenpeace detido no Ártico pelas autoridades do país, de acordo com um anúncio da ONG.
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Os ativistas, de 18 nacionalidades, estavam presos desde o final de setembro em Mourmansk, noroeste do país, após terem realizado uma ação em uma plataforma de petróleo da gigante russa da energia Gazprom, para denunciar os riscos para o meio ambiente da exploração no Ártico.
"Será mais fácil para as famílias e diplomatas visitarem os militantes, mas não há nenhuma garantia que as condições no novo centro de detenções sejam melhores que em Mourmansk. Na verdade, elas podem ser piores", alertou Kumi Naidoo, diretor internacional do Greenpeace.
Os tripulantes do navio Artic Sunrise foram acusados pela Rússia de "vandalismo", mas a acusação de "pirataria", que já havia sido feita não foi retirada, como indicava o anúncio do comitê de investigação feito na última semana.
De acordo com o Greenpeace, os ambientalistas agora são acusados de dois crimes, podendo pegar uma pena de até 15 anos por pirataria e de até 7 anos por vandalismo. Na quarta-feira, um processo será aberto no Tribunal Internacional de Direito Marítimo, com sede na Holanda, país onde a embarcação da ONG foi registrada. O governo russo, no entanto, já anunciou que vai boicotar o procedimento jurídico.
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