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Espanha/Comemoração

Emoção marca cerimônia de 10 anos dos atentados de Madri

A Espanha celebrou nesta terça-feira (11) os 10 anos dos atentados quase simultâneos contra quatro trens suburbanos de Madri que deixaram 191 mortos e 1.900 feridos, em 2004. Emoção e recolhimento marcaram a cerimônia que reuniu autoridades, vítimas e familiares dos mortos no parque do Retiro, próximo da estação de Atocha, na capital espanhola, onde dois trens explodiram. Os atentados foram reivindicados pela rede Al Qaeda.

A missa em homangem às vítimas dos atentados aconteceu nesta terça-feira (11) na catedral Almudena de Madri, com a presença da casal real espanhol.
A missa em homangem às vítimas dos atentados aconteceu nesta terça-feira (11) na catedral Almudena de Madri, com a presença da casal real espanhol. REUTERS/Paco Campos
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Dez anos depois dos ataques que traumatizaram a Espanha, muitas pessoas não conseguiram conter as lágrimas nas cerimônias realizadas hoje em Madri. Uma missa na catedral Almudena reuniu milhares de pessoas, entre sobreviventes da tragédia, bombeiros e socorristas que participaram do resgate às vítimas. O rei Juan Carlos, a rainha Sofia e o chefe do governo espanhol, Mariano Rajoy participaram da homenagem.

Balões brancos em memória das vítimas

A cerimônia mais emocionante aconteceu no parque do Retiro, perto da estação de Atocha, destino final dos quatro trens que explodiram. Ela começou exatamente às 7h39, hora da primeira explosão. No local, o“Bosque da lembrança”, foram plantadas 191 árvores em memória das vítimas fatais dos atentados. O nome de cada um dos mortos foi pronunciado, antes que 191 balões brancos fossem soltos.

“Minha vida, assim como a de todas as vítimas do terrorismo, parou no dia do atentado”, testemunhou com a voz embargada a presidente da Associação de Vítimas do Terrorismo, Angeles Pedraza, que perdeu uma filha na explosão.

Ataques reivindicados pela Al Qaeda

Logo depois das explosões, o governo liderado na época pelo conservador José Maria Aznar acusou o grupo separatista espanhol ETA como responsável. Os atentados foram reivindicados no mesmo dia pela rede terrorista Al Qaeda. A precipitação do governo em responsabilizar o grupo basco levou à derrota de Aznar nas eleições legislativas de março de 2014 que foram vencidas pelo socialista José Luiz Rodriguez Zapatero.

Três semanas depois dos atentados, sete suspeitos de terem colocado as bombas nos trens se suicidaram ao explodir o apartamento onde estavam, em Leganes, periferia de Madri. Em 2007, 21 pessoas foram condenadas a penas severas pelo envolvimento nos ataques.

Em dez anos, as operações antiterroristas se multiplicaram na Espanha para desmantelar os grupos islâmicos atuando no país. O governo continua, no entanto, preocupado com as ameaças de novos ataques e um nível alto de alerta é mantido no país.
 

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