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EUA/Europa

Em Bruxelas, Obama alerta europeus para redução de gastos com defesa

O presidente americano Barack Obama expressou nesta quarta-feira (26) sua preocupação com o corte nos gastos com defesa em alguns dos 28 países membros da OTAN, alegando que “a liberdade não é de graça”. A declaração de Obama foi feita após uma reunião de Cúpula entre Estados Unidos e União Europeia, em Bruxelas.

Coletiva de imprensa do presidente americano, Barack Obama, em Bruxelas nesta quarta-feira, 26 de março de 2014.
Coletiva de imprensa do presidente americano, Barack Obama, em Bruxelas nesta quarta-feira, 26 de março de 2014. REUTERS/Kevin Lamarque
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Durante seu discurso no encerramento do encontro, Obama afirmou estar com “uma certa preocupação com a redução do nível de gastos com a defesa”, no momento em que a “situação da Ucrânia nos lembra que a liberdade tem um preço”. “Nós devemos mostrar disposição em pagar pela segurança mútua, a fim de garantir a manutenção de uma força de efeito dissuasivo”, disse Obama.

Segundo ele, o mundo “é mais seguro e mais justo quando os Estados Unidos e a Europa são solidários”.

Nos últimos anos, as autoridades americanas têm multiplicado o apelo para que os países europeus, que compõem a maioria da Otan, não reduzam suas despesas com defesa, apesar da crise econômica e dos planos de austeridade adotados para equilibrar seus orçamentos.

Entre 2007 e 2013, a contribuição dos Estados Unidos nas despesas com defesa dentro da aliança militar transatlântica passou de 68 para 73%, um aumento para compensar a queda na contribuição de vários países europeus.

Ucrânia sem previsão para integrar Otan

Durante sua entrevista coletiva, Barack Obama também garantiu que a entrada da Ucrânia na Otan não está na agenda da organização. O país coopera com a Otan há vários anos e assinou uma parceria estratégica em 1997. No ano seguinte, dirigentes dos países aliados estimaram, durante uma Cúpula em Bucareste, que a Ucrânia tinha vocação para integrar a Otan. A declaração irritou profundamente a Rússia.

O presidente americano afirmou ainda que americanos e europeus estão unidos em relação à crise ucraniana e a Rússia “está só”. Para Obama, Moscou fez um “cálculo errado” ao pensar em provocar um “desentendimento entre a Europa e os Estados Unidos” com a crise. As declarações foram feitas após um encontro de uma hora e meia com os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompoy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Barack Obama afirmou que a crise ucraniana “demonstrou a necessidade da Europa diversificar suas fontes de energia”. O continente é considerado muito dependente do gás russo.

 

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