Acesso ao principal conteúdo
Ucrânia/Crise

G7 decide impor novas sanções à Rússia por conflito na Ucrânia

Os líderes do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá), concordaram, em princípio, em impor rapidamente novas sanções contra a Rússia por causa de seu papel na crise na Ucrânia. Os Estados Unidos poderão adotar novas sanções contra personalidades dos setores bancário e de energia russos, próximas do presidente Vladimir Putin, na próxima segunda-feira.

O pró-russo Valery Bolotov, autoproclamado prefeito de Slaviansk, fala a jornalistas cercado de seguranças.
O pró-russo Valery Bolotov, autoproclamado prefeito de Slaviansk, fala a jornalistas cercado de seguranças. REUTERS/Vasily Fedosenko
Publicidade

O anúncio foi feito neste sábado (26) em Seul pelo presidente Barack Obama, que segue em giro diplomático pela Ásia. A tensão continua alta no leste da Ucrânia entre o governo central de Kiev, pró-ocidental, e separatistas pró-russos. O governo interino ucraniano acusa Moscou de querer lançar uma "terceira guerra mundial". A cada dia que passa, parece mais provável que haja uma intervenção militar russa para dar apoio aos separatistas, e também desestabilizar o país antes das eleições presidenciais marcadas para 25 de maio. 

Segundo um alto funcionário do governo americano, os países do G7 vão decidir separadamente quais as sanções que eles pretendem implementar contra a Rússia. Apesar de coordenadas, essas sanções não serão necessariamente idênticas de um país para outro.

O conselheiro Ben Rodhes, que acompanha o presidente americano em seu giro pela Ásia, relatou que Obama conversou, ontem, por telefone com o presidente francês, François Hollande, a chanceler alemã, Angela Merkel, o premiê britânico, David Cameron, e o chefe do governo italiano, Matteo Renzi. "Houve um acordo rápido sobre a necessidade de seguir adiante com uma sequência de iniciativas", disse Ben Rhodes.

O comunicado do G7 também afirma que o grupo decidiu pedir o fortalecimento da missão de observação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) na Ucrânia, que já tem vários enviados ao país e agora enfrenta uma onda de sequestros promovidos pelos separatistas.

Invasão russa a espaço aéreo da Ucrânia

O Pentágono revelou que nas últimas 24 horas, a aviação russa fez várias incursões no espaço aéreo ucraniano. Diante da pressão russa, Washington decidiu enviar 600 soldados adicionais à Polônia e aos países bálticos, sendo que 150 deles chegaram neste sábado à Lituânia.

Observadores europeus reféns dos separatistas

Os separatistas pró-russos capturaram na sexta-feira 13 observadores da OSCE que circulavam em um ônibus na cidade de Slaviansk, que está sob controle de milícias pró-Rússia. Por sua vez, as forças especiais da Ucrânia lançaram a segunda fase do que chamam de operação "antiterrorista" contra os separatistas, bloqueando todas as vias de acesso à cidade para impedir que os militantes recebam reforços.

Os separatistas querem realizar um referendo no dia 11 de maio, seguindo a mesma estratégia utilizada na Crimeia, com o objetivo de se emancipar definitivamente de Kiev e se integrar à Rússia.

O governo alemão interveio junto da diplomacia russa para obter a libertação dos observadores. Moscou prometeu, na qualidade de país membro da OSCE, que vai trabalhar para obter a rápida libertação dos reféns.

Papa promete trabalhar pela paz na Ucrânia

O papa Francisco recebeu neste sábado, em audiência no Vaticano, o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Iatseniouk. Ele estava acompanhado do ministro das Relações Exteriores. O papa prometeu a ambos fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para levar a paz à Ucrânia. 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.