Acesso ao principal conteúdo
Rússia/Ucrânia

Forças de Kiev avançam no leste da Ucrânia e Otan denuncia reforço de tropas russas na fronteira

As forças de Kiev conseguiram desbloquear o aeroporto de Lugansk, mas perderam um avião de transporte, derrubado por um míssil que a Ucrânia acredita ter sido lançado da Rússia, o que aumenta a tensão entre os dois países. A Otan denunciou o "reforço" das tropas russas na fronteira com a Ucrânia, onde estariam concentrados entre 10 e 12 mil soldados. 

Agente de segurança especial ucraniano patrulha em um vilarejo do leste da Ucrânia, onde Kiev enfrenta a insurreição de rebeldes separatistas pró-russos.
Agente de segurança especial ucraniano patrulha em um vilarejo do leste da Ucrânia, onde Kiev enfrenta a insurreição de rebeldes separatistas pró-russos. Reuters
Publicidade

A tripulação do aparelho derrubado estabeleceu um contato com o Estado-maior ucraniano, indicou a presidência ucraniana em um comunicado. A notícia confirma indiretamente as informações divulgadas pelos rebeldes, que afirmaram ter visto páraquedas no céu após a queda do avião na região de Lugansk, no leste da Ucrânia. Uma operação de resgate foi lançada para levar os integrantes da tripulação - oito homens, segundo um porta-voz ucraniano - ao território controlado por Kiev.

A destruição do avião ucraniano na manhã desta segunda-feira (14) ocorreu menos de 24 horas depois de um avanço das forças de Kiev perto de Lugansk e do desbloqueio do aeroporto da cidade, graças a combates intensos.

Danificado e fechado desde 22 de abril, esse aeroporto era controlado pelas forças leais a Kiev, mas era praticamente inacessível devido à presença de separatistas ao seu redor. Essa zona era um dos pontos importantes da defesa dos rebeldes pró-russos no caminho que leva a Lugansk.

Segundo os rebeldes, os confrontos com o exército ucraniano na região continuam nesta segunda-feira (14).

Impasse diplomático

Enquanto isso, a busca por uma solução política não avança. O encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e a chanceler alemã, Angela Merkel, no Rio de Janeiro, onde ambos assistiram à final da Copa do Mundo neste domingo (13), serviu somente para que os dois líderes repetissem seu desejo de "discussões diretas assim que possível" entre Kiev e os separatistas para chegar a um cessar-fogo bilateral. Mas a Ucrânia exige antes retomar antes o controle de sua fronteira com a Rússia, o que os rebeldes e Moscou recusam.

O ministério russo das Relações Estrangeiras comunicou nesta segunda-feira ter convidado os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) a visitarem a fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.

A Otan denunciou o "reforço" das tropas russas na fronteira, que constitui um "passo para trás na resolução do conflito". Segundo a organização, há hoje "entre 10 mil e 12 mil soldados das tropas russas nessa área", contra 40 mil no ápice da mobilização do exército russo, em maio. "O número havia caído para mil em meados de junho, mas desde então os russos reforçaram novamente sua presença ao longo da fronteira", informou a Otan.

A organização pediu novamente que "a Rússia retire suas tropas da fronteira ucraniana, acabe com o apoio aos separatistas pró-russos, com a chegada de novos combatentes, de dinheiro e de armas na Ucrânia". Para a Otan, essas são atividades "altamente desestabilizadoras que devem cessar".

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.