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Alemanha/ protesto

Alemanha faz manifestação contra o antissemitismo na Europa

A chanceler alemã, Angela Merkel, participou neste domingo (14), em Berlim, de uma marcha contra o antissemitismo para protestar contra o aumento das violências contra os judeus na Europa, na esteira do conflito na Faixa de Gaza, entre Israel e a facção palestina Hamas. Cerca de 5 mil pessoas participaram da manifestação.

Cerca de 5 mil pessoas participaram de ato, que teve discurso da chanceler Angela Merkel.
Cerca de 5 mil pessoas participaram de ato, que teve discurso da chanceler Angela Merkel. REUTERS/Thomas Peter
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“O combate ao antissemitismo é nosso dever”, discursou Merkel em frente ao Portão de Brandemburgo, no centro da capital alemã e a poucos metros do Memorial do Holocausto. A chanceler destacou que “não vai tolerar” ofensas contra os cerca de 200 mil judeus que vivem na Alemanha. “A vida da comunidade judaica faz parte da nossa vida. Ela faz parte da nossa identidade e da nossa cultura”, ressaltou.

Os participantes traziam bandeiras da Alemanha e de Israel, além de cartazes onde se liam frases como “Contra a violência e o ódio – segurança para os judeus”.

O ato foi convocado pelo Conselho Central dos Judeus da Alemanha. O presidente da entidade, Dieter Graumann, lamentou ataques recentes a sinagogas e as ameaças proferidas contra os judeus nos últimos meses. “Aquele que se tornou antissemita por causa de Israel é porque já era antes”, argumentou.

Desde o início do conflito, frases antissemitas foram pronunciadas em manifestações de apoio aos palestinos realizadas nas cidades alemãs. Não foram registrados atos de violência, em um país ainda marcado pelos traumas da ditadura nazista e os campos de concentração.

Congresso inédito

A manifestação contou com a presença da maioria dos ministros alemães e de lideranças das principais correntes políticas e religiosas. Amanhã, a cidade recebe uma reunião inédita do Congresso Judeu Mundial, que nunca tinha sido realizado na Alemanha.

Os organizadores escolheram o país para celebrar a “renovação” da comunidade judaica alemã, a terceira maior da Europa, atrás do Reino Unido e da França. Ao final da Segunda Guerra Mundial, apenas 15 mil judeus ainda viviam na Alemanha, uma pequena parcela dos 560 mil habitantes em 1933.
 

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