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Gazprom/Ucrânia

Ucrânia vai pagar US$ 3,1 bilhões a Gazprom pelo gás russo

Kiev e Moscou chegaram a um acordo nesta sexta-feira (26) sobre o restabelecimento do fluxo de gás russo para a Ucrânia. Para isso, Kiev deverá pagar a dívida de US$ 3,1 bilhões à produtora russa Gazprom até dezembro.

O presidente da Gazprom, Alexei Miller, chega à reunião entre autoridades russas, ucranianas e europeias em Berlim, nesta sexta-feira (26), sobre o restabelecimento do fornecimento de gás a Kiev.
O presidente da Gazprom, Alexei Miller, chega à reunião entre autoridades russas, ucranianas e europeias em Berlim, nesta sexta-feira (26), sobre o restabelecimento do fornecimento de gás a Kiev. REUTERS/Thomas Peter
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Em reunião em Berlim, autoridades da Rússia, Ucrânia e da União Europeia discutiram o preço do fornecimento do gás russo a Kiev, sob as ameaças de Moscou de cortar o fornecimento de gás para a Europa.

O acordo aprovado hoje ainda não foi assinado pelos governos da Rússia e da Ucrânia. Mas a Gazprom garantiu que pode fornecer a Kiev 5 bilhões de metros cúbicos de gás nos próximos meses sob o pagamento de US$ 3,1 bilhões.

Após a reunião de hoje, a Rússia aceitou não exigir o pagamento imediato da dívida ucraniana para o restabelecimento do envio de gás ao país vizinho. Segundo o ministro russo da Energia, Alexandre Novak, com a quitação de US$ 2 bilhões, o resto da dívida poderá ser renegociada.

Fornecimento interrompido

A Gazprom interrompeu em junho a entrega de gás à Ucrânia, que se recusa a aceitar o aumento do preço do gás imposto por Kiev devido ao conflito no leste do país. De acordo com o governo russo, a Ucrânia estaria devendo US$ 5,3 bilhões.

Depois do corte, Kiev tentou encontrar outras soluções, especialmente comprando gás de empresas privadas européias. Mas a Gazprom alega que a revenda do gás não está de acordo com os contratos comerciais e ameaçou tomar medidas contra a Europa, especialmente cortando a cota de gás que vende ao continente.

Solução "momentânea"

O comissário europeu da Energia, Gunther Oettinger, classificou o acordo como uma “solução momentânea”. “Nós negociamos hoje um plano para o inverno”, disse. Para ele, o acordo serve para que os países europeus que dependem do trânsito do gás russo pela Ucrânia não fiquem desabastecidos nos próximos meses.

Uma nova reunião entre as autoridades russas, ucranianas e européias deve ser realizada na próxima semana em Berlim para oficializar o acordo.

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