Europa vai controlar monitoramento de passageiros dos países afetados pelo ebola
A União Europeia decidiu verificar a eficiência da vigilância antiebola nos aeroportos dos três países africanos mais atingidos pela epidemia: Libéria, Guiné e Serra Leoa. O controle vai começar imediatamente, anunciou nesta quinta-feira (16) o comissário europeu para a Saúde, Tonio Borg, logo após uma reunião ministerial em Bruxelas.
Publicado a:
Letícia Fonseca, correspondente da RFI na Bélgica.
A verificação terá a participação da Organização Mundial da Saúde. Caso necessário, os controles nos aeroportos africanos serão reforçados. A medida deve permitir um rastreamento mais eficaz na União Europeia de possíveis portadores de ebola.
Em Bruxelas, os ministros da Saúde do bloco concordaram em reforçar as informações para os passageiros e equipes médicas sobre como agir caso haja suspeitas de contaminação. A ministra da Saúde da Itália, Beatrice Lorenzin, cujo país ocupa a presidência rotativa do bloco, assegurou aos cidadãos europeus “que não há risco real de contaminação do vírus ebola”.
Grã-Bretanha e França reforçam controle
Esta semana, a Grã-Bretanha anunciou que vai começar a realizar a triagem de passageiros que entram no país pelos dois principais aeroportos de Londres e pela ligação ferroviária com outros países europeus para verificar possíveis casos do vírus ebola. A França começa a implementar, a partir de sábado, as medidas de controle sanitário no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.
A ACI Europa, associação que reúne os principais aeroportos da UE, pediu aos governos europeus que adotem uma resposta "coordenada" em relação aos controles sanitários contra o ebola, evitando assim "medidas ineficazes" ou unilaterais.
Pedido americano
A reunião em Bruxelas foi antecedida pela reunião do Comitê de Segurança Sanitária da Europa e aconteceu um dia depois do presidente americano Barack Obama ter pedido aos líderes europeus um esforço maior na luta contra a epidemia de ebola.
Na vídeoconferência da última quarta-feira com os líderes da Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália, Obama ressaltou a necessidade de uma ação mais abrangente da comunidade internacional.
Segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde, o surto epidêmico de ebola, iniciado na África Ocidental no final do ano passado, já matou quase 4 mil e 500 pessoas.
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