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Bruxelas/UE/Clima

Líderes europeus anunciam acordo histórico de combate ao efeito estufa

Após oito horas de discussões, os líderes da União Europeia reunidos em Bruxelas anunciaram um acordo para reduzir em 40% as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa até 2030, em relação ao patamar de 1990. O pacote europeu para frear as mudanças climáticas inclui aumentar o consumo das energias renováveis para 27% no bloco, contra 14% atuais, e economizar 27% de energia por meio de medidas de eficiência energética nos próximos quinze anos.

O presidente François Hollande, que será anfitrião da Conferência do Clima de 2015, em Paris, disse que os europeus déao o exemplo para americanos e chineses.
O presidente François Hollande, que será anfitrião da Conferência do Clima de 2015, em Paris, disse que os europeus déao o exemplo para americanos e chineses. REUTERS/Christian Hartmann
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O pacote entra em vigor a partir de 2015. O acordo, considerado histórico pelos europeus, deve servir de exemplo para que outras nações do mundo, principalmente as mais poluentes, como Estados Unidos e China, assumam compromissos ambiciosos de combate ao efeito estufa. A proposta europeia será levada para as negociações sobre o acordo climático global, na próxima Conferência do Clima, em dezembro do ano que vem, em Paris.

O presidente francês, François Hollande, declarou que a Europa dá o exemplo e aponta o caminho a ser seguido por americanos e chineses. A chanceler Angela Merkel disse que, com esse acordo, os europeus se fortalecem para enfrentar a negociação global em Paris, no ano que vem.

Para ONGs, acordo é insuficiente

ONGs de defesa do meio ambiente ficaram, no entanto, insatisfeitas. Elas pediam uma redução de 55% das emissões, 45% de energias renováveis e 40% de aumento da eficiência energética. O Greenpeace considerou a meta de energias renováveis insuficiente, enquanto a ONG Amigos da Terra criticou um compromisso "muito aquém do necessário". A Oxfam enfatizou que a ação insuficiente dos países ricos prejudica os mais pobres, os mais afetados pelas mudanças climáticas e, ao mesmo tempo, os que menos contribuíram para o problema.

Ambientalistas lembram que para limitar o aumento da temperatura global a 2°C é necessário um corte de 80% das emissões até 2050.

Na opinião de especialistas, o acordo fixado em Bruxelas apenas estabiliza as metas com as quais a União Europeia vinha trabalhando.

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