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Itália/Imigração

Papa Francisco pede diálogo após protestos em Roma contra imigrantes

O papa Francisco considerou que os violentos ataques contra um centro de acolhida para imigrantes em Roma é uma "urgência social" à qual é preciso combater rapidamente. A declaração foi feita neste domingo (16) diante de uma multidão reunida na Praça São Pedro, no Vaticano.

Papa Francisco abençou a multidão presente neste domingo (16/11) na Praça de São Pedro.
Papa Francisco abençou a multidão presente neste domingo (16/11) na Praça de São Pedro. Foto: REUTERS/EUA Departamento da Defe
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O sumo pontífice fez um apelo para que as autoridades e os responsáveis da Igreja trabalhem para acalmar as tensões após várias manifestações violentas contra um centro que acolhe imigrantes pedindo asilo. O local, na região leste da capital italiana, foi alvo de ataques de pedras de muitos moradores revoltados.

"Nos últimos dias em Roma, houve tensões muito fortes entre os moradores e os imigrantes", disse o papa depois do sermão do Angelus. Ele apelou para que "autoridades, de todos os níveis, lutem contra o que constitui hoje uma urgência social, que se não for administrada a tempo e de maneira adequada, corre o risco de degenerar posteriormente".

"São coisas que podem acontecer em diversas cidades europeias, especialmente em bairros periféricos que sofrem com outros problemas", estimou o papa, defendendo o diálogo e reuniões para aliviar as tensões.

O papa Francisco pediu para a comunidade cristã um engajamento "de maneira concreta" para favorecer uma aproximação e evitar confrontos.

"Os cidadãos e os imigrantes podem se encontrar, até mesmo nas paróquias, para dialogar, ouvirem-se mutuamente", para superar a desconfiança e encontrarem uma convivência pacífica.

Durante três dias, os moradores protestaram contra o centro de acolhida Tor Sapienza, que abriga cerca de 50 imigrantes que buscam asilo na Itália. Os ataques foram considerados os mais violentos dos últimos anos contra imigrantes na Europa.

Os ataques foram realizados com pedras. Vidros foram quebrados e latas de lixo incendiadas. Confrontos também foram registrados entre manifestantes e a polícia. A situação se tornou tão crítica que as autoridades decidiram retirar os adolescentes do Centro. O prefeito de Roma garantiu que o Centro não será fechado.

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