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Grécia/parlamento

Parlamento da Grécia não elege presidente e será dissolvido

O parlamento grego fracassou nesta segunda-feira (29) na terceira tentativa de eleger seu novo presidente, antecipando a organização das eleições legislativas que poderão colocar no poder o partido radical de extrema-esquerda Syriza. O FMI suspendeu a ajuda ao país até a formação de um novo governo.

Premiê grego Antonis Samaras durante o último turno de votação presidencial no Parlamento de Atenas, nesta segunda-feira, 29 de dezembro de 2014.
Premiê grego Antonis Samaras durante o último turno de votação presidencial no Parlamento de Atenas, nesta segunda-feira, 29 de dezembro de 2014. REUTERS/Yannis Behrakis
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O comissário europeu e candidato às presidenciais Stavros Dimas não conseguiu obter os votos necessários no parlamento, que deverá ser dissolvido nos próximos dez dias. O primeiro-ministro Antonis Samaras disse que pediria ao presidente atual, Carolos Papoulias, que marcasse as eleições legislativas para o dia 25 de janeiro.

Para ser eleito, o comissário precisava de 180 votos hoje, mas obteve apenas 168 – o mesmo número que no segundo dia de eleições no parlamento e somente oito votos a mais em relação ao primeiro turno.

Futura dissolução do parlamento derruba Bolsa de Valores

A notícia derrubou a bolsa de valores de Atenas, que caiu mais de 11% depois da divulgação do resultado. Os mercados temem as consequências da política de um futuro governo liderado pelo partido de extrema-esquerda radical Syriza. As taxas das obrigações também subiram 9,55%.

Membro do partido Nova Democracia, a deputada Dora Bakoyannis estima que a oposição “forçou a realização de novas eleições no pior momento econômico do país”.

De acordo com o deputado Alexis Tsipras, presidente do Syriza, o voto demonstra a insatisfação do povo “com a política de austeridade”, que atinge a Grécia, alvo de uma crise econômica e de um desequilíbrio orçamentário que afetou toda a Europa.

25% da população está desempregada

A Grécia foi o país da zona do euro mais atingido durante a crise da dívidas, que começou em 2010, e foi “salva” pelos credores internacionais (FMI, UE e BCE), que se comprometeram a emprestar € 240 bilhões em troca de um reajuste econômico e da adoção de um plano de austeridade, que atingiu em cheio a população. O Fundo Monetário Internacional anunciou que interromperá a ajuda ao país até a formação de um novo governo. Hoje, mais de 25% dos gregos estão desempregados.

 

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