Cerca de 500 mineiros ficam bloqueados devido a violentos bombardeios em Donetsk
Cerca de 500 funcionários de uma mina de carvão da cidade de Donetsk, no leste da Ucrânia, estão bloqueados sob a terra, nesta segunda-feira (25), devido a violentos bombardeios na região. A semana começou tensa no país, com a morte de sete soldados do exército ucraniano. No fim de semana, mais de 30 civis morreram e 90 ficaram feridos nos confrontos entre as forças de Kiev e os separatistas pró-russos.
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Segundo o ministério das Situações de Urgência da república autoproclamada de Donetsk, os mineiros não correm risco de morte. Eles ficaram bloqueados depois que violentos bombardeios na região de Donetsk cortaram a eletricidade da mina.
“O sistema de ventilação continua funcionando. A vida dos mineiros não está ameaçada”, informou a agência de notícia dos rebeldes. De acordo com o ministério, os funcionários devem ser retirados da mina nas próximas horas.
Escalada das violências
A escalada das violências no leste da Ucrânia começou na semana passada, quando as forças separatistas tomaram o aeroporto de Donetsk. No sábado (24), na cidade portuária de Mariupol, 30 civis morreram e cerca de 90 pessoas ficaram feridas em um bombardeio reivindicado pelos rebeldes separatistas.
As autoridades de Kiev vão retirar a partir de hoje as crianças de vários locais onde os combates continuam intensos em Donetsk e Lugansk. Os rebeldes já anunciaram que pretendem dar continuidade à ofensiva na região e as autoridades temem pela vida dos civis.
Pressão diplomática
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) fará uma reunião “extraordinária” nesta tarde sobre a degradação da situação no leste da Ucrânia. O Conselho de Segurança das Nações Unidas e os ministros europeus das Relações Exteriores também realizam encontros para discutir medidas para colocar um fim às violências.
No domingo (25), o presidente francês, François Hollande, conversou com o presidente ucraniano, Petro Porochenko, por telefone. Nesta segunda-feira, ele fala com o presidente russo, Vladimir Putin.
A chanceler alemã, Angela Merkel, uma das principais mediadoras da crise ucraniana, já conversou com Putin ontem e insistiu que ele tem que pressionar os separatistas a aceitar um cessar-fogo.
Já o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu aumentar a pressão contra Moscou, o que poderia significar novas sanções econômicas para a Rússia.
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