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Ucrânia/combates

Proposta da França e Alemanha pela paz na Ucrânia "é a última chance", dizem líderes

A iniciativa de paz na Ucrânia apresentada em Moscou pela chanceler alemã Ângela Merkel e o presidente francês François Hollande é uma das “últimas chances” de acabar com a guerra, mas ainda é cedo para saber se isso será possível, disseram os dois dirigentes neste sábado (7).

François Hollande e Angela Merkel encontraram o presidente ucraniano Petro Porochenko em Moscou.
François Hollande e Angela Merkel encontraram o presidente ucraniano Petro Porochenko em Moscou. AFP PHOTO / SERGEI SUPINSKY
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Pouco antes de se encontrar com o presidente ucraniano Petro Porochenko e o vice-americano Joe Biden, um dia depois das negociações com Vladimir Putin em Moscou, a chanceler alemã se mostrou prudente. “Não podemos ter certeza do resultado das negociações, mas vale a pena tentar”, declarou Merkel, dizendo que pretende relançar o acordo de Minsk concluído em setebro de 2014, que nunca foi aplicado.

Desde o início do ano, os combates entre rebeldes pró-russos e as forças ucranianas no leste do país estão mais intensos. Segundo a ONU, em dez meses de conflito, pelo menos 5300 pessoas morreram. O chancheler russo Serguei Lavrov discorda de Merkel e disse que “um acordo é possível.” A declaração foi dada à margem da Conferência Anual sobre a Segurança, neste sábado. Ele, Putin, Merkel e Hollande devem conversar pelo telefone sobre a questão neste domingo.

O presidente ucraniano Petro Porochenko enfrenta uma situação militar e política desastrosa em seu país e sofre a pressão da parte dos separatistas, que pedem mais autonomia e esperam que suas conquistas terroritoriais sejam levadas em conta nas negociações. Depois do encontro entre Porochenko, Merkel e Biden, o secretário de estado americano John Kerry deve se reunir com o chanceler Serguei Lavrov, que também está em Munique.

Rússia alerta contra o fornecimento de armas para ucranianos

O governo russo fez um alerta contra o fornecimento de armas pelos Estados Unidos à Ucrânia para “reequilibrar as forças no front”. A chanceler alemã também se opõe à iniciativa e diz que o “conflito não pode ser resolvido militarmente.” Mas o general americano Philip Breedlove, que comanda as tropas da OTAN na Europa, defendeu essa opção.

Apesar das negociações para colocar um fim no conflito, os combates continuaram no leste da Ucrânia, onde cinco civis morreram durante à noite. Diversos tiros de lança-foguetes também foram ouvidos em torno de Debaltseve, sob controle das forças ucranianas, mas cercada pelo rebeldes pró-russos.
 

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