Manoel de Oliveira sempre disse que no dia em que deixasse de filmar morreria, mas os seus mais de 50 filmes de ficção e documentários permanecem, e mais do que nunca serão agora, sem dúvida visionados pelo público português que o descurou, contrariamente aos cinéfilos europeus e não só, que adularam a sua obra. Paulo Branco, que durante 23 anos produziu cerca de duas dezenas de filmes do "Mestre" e em muito contribuiu para a visibilidade internacional da sua filmografia, considera ter sido "apenas o veículo que aproveitou a obra extraordinária que Manoel de Oliveira foi construindo".Mais reacções no artigo abaixo.
Manoel de Oliveira, faleceu esta quinta-feira, 2 de Abril, na sua cidade natal - o Porto - com 106 anos de idade e 84 de carreira, iniciada em 1931 com "Douro Faina Fluvial" e terminada em 2014 com a curta-metragem "O Velho do Restelo", que estreou este verão no Festival Internacional de Cinema de Veneza.
O cineasta Mário Barroso foi Camilo Castelo Branco no filme "Francisca" em 1981 e voltou a encarnar este papel na derradeira curta-metragem do "Mestre" : "O Velho do Restelo", mas entretanto foi director de fotografia em vários dos mais emblemáticos filmes de Manoel de Oliveira, por quem nutre um profundo respeito, admiração e amizade.
Mário Barroso
Manoel de Oliveira dedicou a vida ao cinema e a sua filmografia marcou o cinema português e mundial. Oiça aqui um perfil do cineasta de 106 anos traçado por Vítor Matias.
Perfil de Manoel de Oliveira
O realizador portuense filmou até ao fim. Viaje pela sua filmografia através desta reportagem de Miguel Martins.
Viagem pela filmografia de Manoel de Oliveira
Manoel de Oliveira é "um símbolo maior do cinema português no mundo", declarou o Presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva. Oiça aqui as várias reacções em Portugal com a crónica da nossa correspondente em Lisboa, Joana Carvalho Fernandes.
Joana Carvalho Fernandes, correspondente em Lisboa
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