Europeus dão sinal verde para missão naval contra imigração ilegal no Mediterrâneo
Reunidos em Luxemburgo, os ministros das Relações Exteriores da União Europeia deram o sinal verde nesta segunda-feira (22) para o início de uma missão naval no mar Mediterrâneo. O objetivo da operação é enfrentar as redes de tráfico de imigrantes clandestinos. ONGs de defesa de direitos humanos consideram a iniciativa insuficiente.
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Os navios da missão, batizada de Navfor Med, devem começar os trabalhos dentro de uma semana. A primeira etapa da operação será limitada a uma fase de vigilância reforçada das redes de contrabandistas. Os europeus pretendem interceptar barcos usados por traficantes nas proximidades da costa líbia, de onde parte a maioria dos migrantes que tentam chegar à Itália.
A missão foi aprovada dois meses após uma das piores tragédias no Mediterrâneo, quando 900 migrantes morreram afogados em águas líbias. Para a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, a operação é a resposta que faltava para a crise dos imigrantes no mar Mediterrâneo. "Estou impressionada com a unanimidade e a rapidez com que conseguimos colocar isto em ação", comemorou Mogherini.
Falta de resolução da ONU limita operação
A ausência de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que autorize o uso da força limita, no momento, o alcance da operação. "Vamos ouvir, observar, analisar as atividades dos traficantes com a mobilização de navios militares, aviões de patrulha, drones e submarinos", afirmou uma fonte europeia à AFP.
França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Espanha já prometeram se engajar na Navfor Med fornecendo navios. A Polônia e a Eslovênia disseram que vão contribuir com aviões e helicópteros para a vigilância aérea.
As ONGs de defesa de direitos humanos criticam a missão, alegando que ela não resolverá o problema de tráfico de migrantes, mas dará margem para que os traficantes tracem outras rotas para atravessar o Mediterrâneo.
(Com informações da AFP)
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