Sarkozy confirma que França vai adotar taxa sobre operações financeiras
O presidente Nicolas Sarkozy disse nesta terça-feira,10, que a França “não vai se contentar apenas em falar” sobre a taxação de operações financeiras, mas que “ela vai aplicá-la”. A afirmação é feita uma dia após a visita de Sarkozy à chanceler alemã Angela Merkel que deu apoio à medida mas defendeu que a taxa seja discutida em conjunto por todo o bloco europeu.
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"Vi que houve muitos comentários sobre a vontade da França de taxar as operações financeiras e sobre o fato de saber se a França deveria aplicá-la sozinha ou com os outros”, disse Sarkozy durante sua visita a Mulhouse, região leste do país.
“Evidentemente, a França deve aplicar com os outros. Mas se a França esperar que os outros se decidam para taxar o setor financeiro, o setor financeiro não será taxado nunca”, afirmou.
Segundo Sarkozy, "a questão, então, está sendo mal colocada. A França quer aplicar a taxação das transações financeiras com os outros. Mas a França quer que isso seja feito, e para que isso seja feito, a França não se contentará de falar, ela vai aplicá-la”, disse o presidente francês em referência à chamada Taxa Tobin.
"Eu estou muito feliz com o apoio da (Angela) Merkel sobre esse assunto que eu considero muito importante”, acrescentou.
Em um encontro com a chefe de governo da Alemanha nesta segunda-feira, em Berlim, o presidente francês reiterou a sua intenção de adotar na França a cobrança do imposto sobre operações financeiras, sem esperar pelos seus parceiros europeus.
Na ocasião, Angela Merkel manifestou seu apoio à medida, considerando a ideia da taxa uma “boa iniciativa”, e que pessoalmente ela era favorável. No entanto, a chefe de governo alemã lembrou que não havia consenso sobre o assunto dentro de seu governo e reafirmou sua preferência para que essa proposta seja discutida e adotada em nível europeu.
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