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França/ energia

Relatório adverte França sobre envelhecimento de centrais nucleares

A França tem 10 anos para se preparar para o envelhecimento de 22 das suas 58 centrais nucleares, a principal fonte energética do país. O Tribunal de Contas francês publicou hoje um estudo detalhado sobre o futuro das usinas e concluiu que o país tem duas alternativas: ou prolonga a atividade das centrais, ou aposta nas energias renováveis.

Centrale nuclear de Nogent-sur-Seine é uma das 58 usinas da França.
Centrale nuclear de Nogent-sur-Seine é uma das 58 usinas da França. AFP/François Nascimbeni
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Seja qual for a escolha do governo francês sobre a sua política energética, os investimentos deverão ser colossais. Para manter a atual produção de energia, que depende em cerca de 80% das usinas nucleares, seria necessário construir 11 novas centrais até 2022, esforço orçamentário considerado “improvável, talvez impossível” pelo Tribunal de Contas. As usinas francesas foram projetadas para durar 40 anos - quase metade delas atingirá este limite na próxima década.

O relatório aconselha o país a “prolongar a duração além de 40 anos ou evoluir rapidamente o mix energético em direção a outras fontes de energia”. A terceira solução, aponta o documento, seria promover “sérias” economias de energia. “Não decidir nada significa tomar uma decisão que afeta o futuro”, disse o presidente do Tribunal de Contas, Didier Migaud, após nove meses de estudos sobre o setor. O relatório havia sido solicitado pelo governo em março, logo após a catástrofe nuclear na central de Fukushima, no Japão.

Após a divulgação das conclusões, o primeiro-ministro francês, François Fillon, prometeu incluir os custos sobre o prolongamento da vida das centrais franceses já no plano plurianual de investimentos de 2012.

A EDF, principal operadora energética da França, estima que o desmantelamento dos 58 reatores em atividade custaria 18,4 bilhoes de euros (42 bilhões de reais), mas o Tribunal de Contas afirmou que este montante lhe parece subvalorizado em relação a estudos semelhantes feitos em outros paises europeus.

 

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