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DSK /Caso Sofitel

Defesa de Strauss-Kahn pede arquivamento de processo civil nos EUA

O advogado de Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, FMI, pediu que a acusação de tentativa de estupro feita pela camareira do hotel Sofitel, de Nova York, Nafissatou Dialo, seja arquivada. Durante a primeira audiência do processo civil no Tribunal do Bronx, na mesma cidade, ele alegou que seu cliente beneficiaria de uma imunidade no momento do ocorrido.

O tribunal do Bronx, em  Nova York, onde aconteceu a primeira audiência do processo civil envolvendo o ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn.
O tribunal do Bronx, em Nova York, onde aconteceu a primeira audiência do processo civil envolvendo o ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn. © AFP/Don Emmert
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Baseado na Convenção Internacional de Privilégios e Imunidades de agências especializadas, o então diretor-geral do FMI teria uma blindagem diplomática, com a qual pode escapar da justiça. O argumento foi rebatido pelo juiz Douglas McKeon, de 63 anos, que alegou que tal imunidade só se aplicaria no exercício de suas funções. Já a acusação lembrou que a convenção não foi ratificada pelos Estados Unidos e que a agressão não ocorreu em um contexto de trabalho. Uma decisão final sobre o caso é espera para abril ou maio.

O político reconhece ter tido uma relação sexual “inapropriada” com a camareira, mas alega que houve consentimento e não violência.

Nem Strauss-Kahn nem Dialo participaram desta etapa preliminar que durou 90 minutos e foi acompanhada por dezenas de jornalistas. A  audiência acontece sete meses depois do processo penal, do qual o ex-ministro francês foi liberado da acusação pela justiça americana.

Há dois dias, na França, Strauss-Kahn foi indiciado por envolvimento em uma rede de prostituição de luxo, podendo ser condenado a até 20 anos de prisão ou 3 milhões de euros em multas. O escândalo ficou conhecido na imprensa francesa como «Caso Calton », nome do hotel, no norte do país, onde eram organizadas festas libertinas na presença de prostitutas. O ex-diretor do FMI nega ter conhecimento de que as mulheres recebiam dinheiro para participar desses encontros sexuais.

Strauss-Kahn vai processar o jornal Le Monde por violação de direitos, já que o diário francês publicou em sua edição desta quinta-feira as declarações feitas por ele e por garotas de programa durante os interrogatórios desse caso de proxenetismo.

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