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Rússia/Pussy Riots

PC francês condena sentença de garotas do Pussy Riot

Em um comunicado divulgado neste sábado em Paris, o Partido Comunista francês criticou a decisão da justiça russa, que condenou as três cantoras do grupo punk Pussy Riot a dois anos de prisão, por "vandalismo motivado por ódio religioso." Uma sentença que gerou protestos da União Europeia e dos EUA.

Manifestação de apoio ao grupo Pussy Riot em Praga, na sexta-feira
Manifestação de apoio ao grupo Pussy Riot em Praga, na sexta-feira REUTERS/David W Cerny
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No comunicado, o Partido Comunista francês lamenta "um processo político mascarado pelas acusações de blasfêmia e incitação ao ódio religioso." Ainda de acordo com o texto, a pena imposta às garotas do grupo punk buscam intimidar os protestos populares e as aspirações democráticas que ganham cada vez mais força na Rússia desde a eleição de Vlamidir Putin, em março. Com a mudança da Constituição, ele poderá ser reeleito duas vezes e continuar no poder até 2024.

Em fevereiro, Nadejda Tolokonnikova, 22 anos, Ekaterina Samoutsevitch, 30 anos, e Maria Alekhina, 24 anos, entoaram uma ‘’prece punk’’ na catedral do Cristo Salvador, em Moscou, pedindo a saída do presidente. Para o Partido Comunista, a apresentação foi ‘”uma contestação insolente que acabou relançando o debate sobre o respeito à liberdade, à laicidade, e à democracia na Rússia.”

Em Praga, neste sábado, onde milhares de pessoas foram às ruas para a segunda edição do ‘Praga Pride’, que defende os direitos de homossexuais, transsexuais e bissexuais, os organizadores também aproveitaram para denunciar a condenação do grupo punk, classificada de "inaceitável." O anúncio da prisão do grupo, nesta sexta-feira, gerou críticas da União Europeia, EUA e outros países.

Condenação divide Rússia

Mesmo que o veredito da Justiça russa tenha provocado protestos no mundo todo, na Rússia não há unanimidade em torno do assunto. De acordo com uma sondagem realizada pela rádio independante Echo de Moscou, 77% dos ouvintes estimam que “não é possível concordar com essa sentença.’’ O título do jornal popular Moskovski Komsomolets, ‘’A pena que divide a sociedade : dois anos de campo’’, também mostra que a decisão da justiça tem o apoio de parte da população. O jornal Pravda é mais parcial, e publica em sua manchete : ‘’Dois anos, é demais.’’ Na reportagem, o Pravda acredita que, com o recurso impetrado pelos advogados, o tribunal deverá liberar as cantoras, já que duas delas têm filhos pequenos.

 

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