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França/Emprego

Governo francês anuncia projeto de criação de 150 mil empregos para jovens

O governo francês apresentou na manhã desta quarta-feira seu projeto de criação de 150 mil empregos para jovens com menos de 26 anos, a categoria mais afetada pela crise econômica no país. Atualmente, 470 mil pessoas nessa faixa etária procuram trabalho.

Michel Sapin (d), ministro do Trabalho francês, e Geneviève Fioraso (e), ministra do Ensino Superior, deixam o Palácio do Eliseu após apresentação do projeto nesta quarta-feira.
Michel Sapin (d), ministro do Trabalho francês, e Geneviève Fioraso (e), ministra do Ensino Superior, deixam o Palácio do Eliseu após apresentação do projeto nesta quarta-feira. REUTERS/Jacky Naegelen
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Os chamados "empregos do futuro" são destinados aos jovens de 16 a 25 anos sem qualificação profissional ou pouco qualificados, moradores de regiões sensíveis como as periferias das grandes cidades e zonas rurais isoladas. O nível de desemprego nessa faixa etária é duas vezes e meia maior do que a média nacional. Todo ano, 120 mil jovens deixam o sistema escolar francês sem diploma e 40% deles permanecem desempregados.

O Estado vai financiar 75% do valor desses contratos de trabalho, que terão de um a três anos de duração. Eles serão criados principalmente na administração pública, na área social e em setores promissores como economia verde e digital. O custo estimado para os cofres públicos é de 1,5 bilhão de euros (3,8 bilhões de reais) por ano.

O projeto atual é a primeira medida de urgência do governo de François Hollande para reduzir o desemprego, em alta constante desde o início da crise econômica, em 2009. O programa foi inspirado numa iniciativa semelhante implementada pelo ex-primeiro-ministro socialista Lionel Jospin em 1997 e tem por objetivo facilitar o acesso dos jovens ao primeiro emprego.

O ministro do Trabalho, Michel Sapin, prevê a criação de 100 mil "contratos de futuro" em 2013 e mais 50 mil em 2014. É a metade do que previa o programa do Partido Socialista antes das eleições. A oposição, sindicatos de trabalhadores, entidades patronais e especialistas consideram o projeto insuficiente para combater a crise atual no mercado de trabalho. A França já tem quase 3 milhões de desempregados.

O governo rebate as críticas dizendo que o projeto é apenas uma primeira iniciativa, que será seguida de um programa mais ambicioso destinado a criar 500 mil "contratos de geração", em cinco anos, para encorajar a contratação de recém-formados e sêniores, as categorias da população economicamente ativa que mais sofrem com a tensão econômica atual.

 

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