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França/Crise

Hollande responde na TV às críticas sobre sua atuação diante da crise

O presidente francês, François Hollande, dará uma entrevista neste domingo ao canal de TV TF1, às 15 horas no horário de Brasília, com o objetivo de tranquilizar os franceses sobre as medidas do governo para combater a crise econômica e, principalmente, tentar reverter a queda vertiginosa de popularidade revelada pelas pesquisas de opinião.

O presidente François Hollande (d) ao lado do presidente do Tribunal de Contas, Didier Migaud, no dia 7 de setembro.
O presidente François Hollande (d) ao lado do presidente do Tribunal de Contas, Didier Migaud, no dia 7 de setembro. REUTERS/Jacques Brinon/Pool
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Quatro meses depois de chegar ao Palácio do Eliseu, 59% dos franceses afirmam estar insatisfeitos com a atuação do socialista François Hollande na presidência, segundo pesquisa do instituto BVA publicada neste domingo. Os franceses estão irritados com a demora do líder socialista em anunciar medidas de impacto contra a crise econômica. O desemprego já atinge 3 milhões de pessoas no país, entrou numa espiral de alta há 15 meses, e o setor privado anuncia diariamente novos planos de demissão.

Segundo o diário Le Journal du Dimanche (JDD), o governo socialista estuda aumentar novamente os impostos no ano que vem, num montante estimado em 15 a 20 bilhões de euros, para atender à meta de redução do déficit público de 3% do PIB em 2013. Durante a entrevista de 25 minutos, Hollande deve falar sobre o orçamento em estudo no governo, que vai exigir ajustes de 33 bilhões de euros em 2013, a serem obtidos com cortes de gastos públicos e aumentos de impostos. A previsão de crescimento do país recuou, conforme novas previsões.

O JDD indica que a metade dos aumentos de impostos seriam cobrados de empresas e a outra metade de famílias com renda familiar elevada. De acordo com o diário, o Ministério das Finanças estuda criar uma nova alíquota do Imposto de Renda de 45%, contra o teto atual de 41%, para famílias com rendimento superior a 150 mil euros por ano, cerca de 375 mil reais. Os rendimentos da caderneta de poupança também seriam submetidos às alíquotas do IR, segundo o jornal.

Hollande também não vai escapar de dar explicações sobre a alíquota de 75% do IR para os milionários, uma promessa de campanha que até agora não saiu do papel, e a imprensa afirmou durante a semana enfrentar problemas técnicos e políticos para ser aplicada.

Na sexta-feira, o líder francês fez um pronunciamento na sede do Tribunal de Contas. Ele afirmou, na ocasião, que o esforço fiscal em estudo no governo socialista será o maior dos últimos 30 anos.

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