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França/Santa Maria

França mantém normas rígidas para funcionamento de discotecas

O incêndio que deixou 146 mortos na discoteca “5-7”, na cidade francesa de Saint-Laurent-du-Pont, na França, deixou o país de luto, mas contribuiu para a implantação de normas rigorosas em casas noturnas no país. Na cidade, como em Santa Maria, as portas de emergências estavam fechadas na hora do incêndio, para impedir os jovens a deixar o local sem pagar.

Policial deposita flores em frente à discoteca, em homenagem às vítimas.
Policial deposita flores em frente à discoteca, em homenagem às vítimas.
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O caso do incêndio na discoteca francesa modificou todas as regras de segurança em estabelecimentos desse tipo. Na França, nos explica Patrick Malvaës, presidente do Sindicato Nacional de Discoteca e Areas de Lazer, não há mais espaço para improviso. Uma das diferenças em relação ao Brasil por exemplo, é que a comanda desapareceu. Nas casas noturnas, os clientes pagam diretamente no caixa aquilo que consumiram durante a noite.

‘’Na França, o pagamento é feito imediatamente, o que em termos de funcionamento já é radicalmente diferente. Deixamos as pessoas saírem imediatamente, sem nos preocuparmos se elas vão pagar ou não. Em Santa Maria, também havia o problema das saídas de emergência inadequadas, o que é totalmente anormal. São diferenças que eu considero fundamentais."

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Normas em discotecas francesas são rígidas

As normas também estipulam que unidades de atendimento médico estejam próximas das discotecas, para atender os clientes em caso de emergência. "Na França, existem visitas periódicas de segurança. Em função do tamanho dos estabelecimentos, as normas de segurança diferem, e as regras para evacuar os clientes são claras e bem rigorosas", diz. Uma delas é a exigência de unidades de emergência de mais de dois metros, em todos os estabelecimentos, e no máximo a cinco ou dez metros do interior do local.

Sinalizações em saídas de emergência e portas abertas são obrigatórias

As regras para as saídas de emergência também são rigorosas. As autoridades francesas exigem uma sinalização obrigatória das portas de emergência em caso de queda de energia, além de uma iluminação de segurança com autonomia de 6 a 12 horas. Uma gravação também deve avisar a clientela presente no estabelecimento a deixar imediatamente o local.

As portas de emergência dos estabelecimentos também devem estar o tempo todo abertas. Caso as regras não forem cumpridas, o local pode ser fechado por seis meses pelo órgão na França que equivale à Secretaria de Segurança Pública. Além disso, os seguranças que atuam nas boates deve receber uma formação e possuir uma carteira profissional, reconhecida pelo governo. O país aprendeu a lição com a tragédia de Laurent-du-Pont.
 

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