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França/governo

François Hollande completa um ano na presidência com recorde de impopularidade

O presidente francês François Hollande chega nesta segunda-feira a um ano de mandato em meio à recessão, aumento do desemprego e escândalos de corrupção. Neste domingo, milhares de pessoas foram às ruas, convocadas pelo partido Frente Esquerda, protestar contra a política de austeridade do governo.

O presidente François Hollande comemora sua vitória em maio de 2012
O presidente François Hollande comemora sua vitória em maio de 2012 Reuters
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Só 26% dos franceses aprovam o presidente socialista, o pior índice desde que Charles de Gaulle fundou a quinta república francesa em 1958.

A degradação da situação econômica, a recessão e o aumento da taxa de desemprego dificultaram ainda mais a execução das promessas de campanha de François Hollande, diz a imprensa francesa. Soma-se a isso a queda de popularidade e o escândalo envolvendo o ministro do Planejamento, Jerôme Cahuzac, que reconheceu ter uma conta no exterior, apesar de Hollande ter prometido um "governo exemplar."

No palácio do Eliseu, o aniversário deverá ser festejado com discrição, em um café da manhã entre presidente e ministros. Para marcar a data, o governo também publicou um balanço em seu site das medidas implementadas no primeiro ano de mandato, e as principais reformas econômicas e sociais.Neste domingo, os deputados do Partido Socialista também postaram um vídeo na Internet com trechos de um discurso de Hollande, em janeiro de 2012, considerado como um dos mais importantes de sua campanha. No clipe, intitulado "A França não é um problema, a França é uma solução", o líder do PS na Assembleia, Bruno Le Roux, explica didaticamente as ações do governo.

A imprensa francesa também aproveitou a data para fazer seu próprio balanço das ações concretas do presidente. Na avaliação do jornal Libération, por exemplo, das 31 promessas de campanha, 17 foram realizadas. Entre elas, a revisão da reforma da previdência proposta por Sarkozy, que aumentava o tempo de contribuição e a idade mínima para aposentadoria e o contrato entre gerações, para facilitar o ingresso dos jovens na vida ativa e preservar o emprego dos trabalhadores mais velhos.

Do total das promessas, lembra o jornal, 14 ainda estão em andamento, 13 não foram cumpridas, e 16 foram mal executadas parcialmente. Um exemplo é a melhoria do transporte público para facilitar o acesso aos grandes centros da população que mora em regiões mais afastadas, ou ainda a lei que pune empresas que não equipararem salários e carreiras de homens e mulheres.

População protesta nas ruas

Neste domingo, milhares de pessoas foram às ruas protestar contra a austeridade e as medidas  que vêm sendo adotadas pelo governo. A manifestação foi convocada pelo líder do partido Frente Esquerda, Jen-Luc Mélenchon. Um ano depois de derrotar Nicolas Sarkozy, que ficou conhecido como presidente dos ricos, o líder socialista agora enfrenta a oposição da esquerda radical, a ponto de até mesmo não considerá-la mais como aliada.

 
 

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