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França/Eleições

Abstenção foi principal vilão na derrota do Partido socialista, avalia porta-voz

Diante do desencanto dos eleitores, especialmente os da esquerda, que impuseram uma derrota histórica ao Partido Socialista, o porta-voz do PS, o deputado franco-brasileiro, Eduardo Ryhan Cypel, afirma que o partido tem que dar uma resposta “coerente” e “coesa” aos franceses que se afastaram das urnas no segundo turno das eleições municipais francesas.

Eduardo Rihan Cypel
Eduardo Rihan Cypel DR
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Na avaliação de Eduardo Ryhan Cypel, em entrevista à RFI, os eleitores de esquerda que deixaram de votar foram, na verdade, o principal combustível para a vitória da direita. Grande vencedora desta eleição, a direita vai governar a maior parte das cidades francesas com mais de 10 mil habitantes. “A abstenção do eleitorado de esquerda permitiu que a direita ganhasse em várias cidades. Não foi uma progressão altamente forte em votos da direita. Foi uma diferença relativa, porque os eleitores de esquerda ficaram em casa e preferiram não votar. Provavelmente, para manifestar um certo descontentamento e dúvidas”, avaliou.

No dia seguinte após a derrota histórica do Partido Socialista nas eleições municipais, é hora de apelar para a “solidariedade” dos quadros do partido e buscar uma resposta comum. “Os eleitores querem mais coerência, mais coesão, mais eficácia do governo e mais justiça social. Essas são as mensagens principais do voto de domingo”, ponderou o porta-voz do Partido Socialista.

A expansão da extrema-direita também é outro fator relevante que preocupa os socialistas. “Esse voto marca uma raiva eleitoral, um descontentamento muito forte e um desespero de pessoas, que, infelizmente, não veem saída desse túnel no qual estamos nesse momento”.

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Eduardo Cypel

Eleições europeias

Depois do teste deste domingo, o Partido Socialista enfrentará em breve as eleições europeias. Para Cypel, o resultado de ontem não deve influenciar diretamente na estratégia do partido para o pleito europeu, mas os socialistas vão lutar para que haja uma “maioria de progressistas” no Parlamento europeu. “O clima hoje na Europa, com o progresso de partidos populistas e nacionalistas, é um perigo muito grande e que teremos que enfrentar. E isso não acontece só na França”. “Temos que mudar essa maioria conservadora na Europa”, declarou.

 

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