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França/Política

Em entrevista na TV, Hollande promete baixar impostos e acelerar reformas

O presidente da França, François Hollande, afirmou nesta segunda-feira, na tradicional entrevista do chefe de Estado transmitida pela televisão no dia 14 de julho, a festa nacional francesa, que pretende acelerar as reformas dos próximos três anos. Elas serão econômicas em 2014, envolverão a saúde e os jovens em 2015 e abordarão questões sociais em 2016.

François Hollande concedeu nesta segunda-feira (14) sua tradicional entrevista do 14 de julho à televisão francesa.
François Hollande concedeu nesta segunda-feira (14) sua tradicional entrevista do 14 de julho à televisão francesa. Reuters
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Durante 40 minutos, o chefe de Estado francês respondeu a questões de jornalistas dos dois principais canais de televisão franceses, TFI (privado) e France2 (estatal), no palácio do Eliseu.

François Hollande afirmou que nos últimos dois anos ele construiu as bases para reerguer o país, mas reconheceu que, apesar de suas promessas, "a retomada é frágil demais".

O presidente repetiu que conta com o pacto de responsabilidade e solidariedade "para relançar a economia francesa", especialmente com "essa decisão de transferir às empresas 40 bilhões de euros". Ele enfatizou que  os empresários agora devem cumprir sua parte no acordo, no que diz respeito à criação de empregos.

Hollande insistiu que o combate contra o desemprego continua sendo uma de suas prioridades. "Ainda não tentamos tudo", disse ele.

O chefe de Estado  também prometeu reduções de impostos em 2015 para "várias centenas de milhares" de contribuintes da classe média.

Hollande insistiu na firmeza do governo diante dos recentes conflitos sociais, como a greve dos funcionários da companhia estatal de trens ou o movimento dos profissionais do espetáculo que está perturbando festivais em todo o país.

Popularidade

Apesar de uma leve alta nas pesquisas, menos de um quarto dos franceses têm uma boa opinião de François Hollande.

O presidente garantiu que não tem nenhuma divergência com seu primeiro-ministro, Manuel Valls, que acaba de completar seus primeiros cem dias no cargo e tem uma cota de popularidade bem mais alta do que a do chefe de Estado. "Se eu o escolhi, é porque ele coloca eficiência, organização e rapidez" na ação, afirmou Hollande.

Quanto a 2017, o presidente se recusou a responder sobre uma eventual candidatura à reeleição. "Eu não me faço essa pergunta", disse ele, afirmando que sua prioridade é "que em 2017 os franceses vivam melhor".

No que diz respeito aos problemas judiciários de seu predecessor, Nicolas Sarkozy, Hollande garante que nunca interviu. "Eu não somente não fiz isso, como nunca nem pensei nisso", assegurou o presidente, lembrando "o princípio da independência da Justiça".

Por falta de tempo, François Hollande falou pouco sobre questões internacionais, com exceção do conflito entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza, que "não deve ser importado para a França", alertou, em referência à agressão contra um sinagoga em Paris neste final de semana.

Solteiro desde sua separação da jornalista Valérie Trierweiler após a revelação de sua relação com a atriz Julie Gayet, no início deste ano, o presidente declarou não ter "nenhuma informação" a divulgar sobre sua vida privada. Mas disse que assim que tiver algo a comunicar, ele o fará. 

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