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França/política

Nicolas Sarkozy, ex-presidente francês, anuncia retorno à política

Depois de ser derrotado nas eleições presidenciais de 2012 e de anunciar sua aposentadoria política, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy acabou com o suspense e anunciou nesta sexta-feira (19) sua futura candidatura à presidência do seu partido de direita, a UMP.

Nicolas Sarkozy, le 17 septembre 2014.
Nicolas Sarkozy, le 17 septembre 2014.
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A eleição acontecerá no dia 29 de novembro e um segundo turno está previsto em 6 de dezembro, caso nenhum candidato obtenha a maioria dos votos.

O partido é dirigido atualmente pelos ex-primeiros-ministros Alain Juppé, Jean-Pierre Raffarin e François Fillon, depois da demissão de Jean François Copé, porta-voz do governo entre 2005 e 2007. Ele foi acusado de corrupção após ter participado de um sistema de emissão de notas fiscais falsificadas, utilizadas durante a campanha de Sarkozy em 2012.

O ex-presidente, que dirigiu o partido de 2004 a 2007, enfrentará dois de seus ex-ministros: Bruno Le Maire e o deputado Hervé Mariton.

Sarkozy se explica no Facebook

Em uma longa mensagem no Facebook, Sarkozy explicou porque mudou de ideia desde o fracasso de sua reeleição. Decepcionado, ele anunciou em 2012 que “se afastaria da política.” Uma declaração que surpreendeu seus eleitores e até mesmo seus correligionários.

No texto publicado na rede social, o ex-presidente francês declara que teve “tempo para pensar depois de anos de atividade intensa.” Sarkozy afirma ter “aprendido a lição, analisado seu mandato, tomado consciência da futilidade de certos sentimentos e afastado os desejos de vingança.”

Sarkozy diz ter ter deixado a política sem arrependimento, mas depois de pensar muito chegou à conclusão que “ser espectador da grave situação da França, da desintegração do debate político e das divisões na oposição seria uma forma de abandono.”

O ex-chefe de Estado francês também diz ser candidato de sua “família política”, e afirma que criará condições para um grande movimento, dotado de um novo projeto e de um novo modo de funcionamento adaptado a nosso século.”

O ex-presidente disse “amar demais a França para ver seus compatriotas condenados a escolher entre o espetáculo desesperador de hoje e a perspectiva de um isolamento sem saída”, em alusão ao Partido Socialista e à extrema-direita. “Espero que cada um se convença da força e da sinceridade do meu compromisso a serviço da França”, conclui Sarkozy.
 

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