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Air France/greve

Pilotos da Air France decretam fim da greve sem acordo com a direção

Os pilotos da Air France decidiram neste domingo (28) colocar um fim à greve da companhia que já durava 14 dias, mesmo sem um acordo com a direção. O anúncio foi feito pelo SNPL (Sindicato Nacional dos Pilotos de Linha), o maior da categoria, que representa 71% dos pilotos. Os voos devem voltar ao normal em no máximo três dias.

Passageiros da Air France esperam voos em Marselha no dia 24 de setembro
Passageiros da Air France esperam voos em Marselha no dia 24 de setembro Reuters/Jean-Paul Pelissier
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Segundo a companhia, 45% dos voos serão assegurados neste domingo, incluindo o Paris-São Paulo, que decola às 23h30 e está confirmado. O fim da paralisação da Air France foi confirmado pelo porta-voz do SNPL, Guillaume Schmid. Ele lembrou que "as condições para um diálogo social ainda são inexistentes", mas a categoria espera dar continuidade às discussões em um contexto mais "calmo."

Os pilotos reivindicam um contrato único para os pilotos da Air France e da Transavia, filial low-cost da companhia. Para o presidente da companhia, Alexandre de Juniac, essa medida geraria custos suplementares de 2 a 3% e, financeiramente, anularia os ganhos obtidos com os voos da Transavia. Neste sábado, o sindicato voltou a se reunir com a direção, mas sem avanços nas negociações.

O Spaf, sindicato minoritário da categoria, informou que manterá a paralisação até terça-feira. Eles representam apenas 12% dos pilotos da companhia e deve afetar pouco os voos da empresa.

Premiê elogia “firmeza” do governo

O premiê francês Manuel Valls elogiou “a firmeza” do governo nas negociações durante a greve dos pilotos da Air France, que custou entre € 20 e € 30 milhões por dia à companhia. Em um comunicado, ele pediu que o "desenvolvimento da Air France fosse retomado, principalmente o de sua filial Transavia France, que representa um ponto a favor no mercado do low-cost, em plena ascensão".

Para o governo, a paralisação não se justificava depois da proposta feita pela direção da Air France de abandonar o projeto da filial Transavia Europa. Mas os pilotos temem que, sem o estabelecimento de um contrato único, eles percam os benefícios sociais que possuem atualmente. Esse temor é explicado pela possibilidade de transferência, ainda que temporária, para os quadros da Transavia.
 

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