Acesso ao principal conteúdo
França/Greve

Após Air France, profissionais liberais franceses entram em greve

Os pilotos da Air France retomaram o trabalho após uma greve recorde de 14 dias, mas o governo francês não tem folga. Ele enfrenta nesta terça-feira (30) uma nova paralisação, desta vez de várias profissões liberais. Farmácias, cartórios e consultórios médicos e odontológicos fecharam suas portas hoje, em todo o país.

Greve dos donos de farmácia que protestam contra a generalização da venda de medicamentos sem prescrição médica em supermercados.
Greve dos donos de farmácia que protestam contra a generalização da venda de medicamentos sem prescrição médica em supermercados. REUTERS/Eric Gaillard
Publicidade

Advogados médicos, farmacêuticos, empregados de cartórios e oficiais de justiça fazem uma greve de 24 horas contra um projeto de reforma do governo que prevê a abertura dessas atividades à concorrência. As reivindicações são múltiplas e variam conforme a categoria, mas todas são motivadas pela resistência dos profissionais em aceitar reformas que os expõem à concorrência e acabam com privilégios setoriais.

O segmento mais afetado é o das farmácias, com 90% dos estabelecimentos fechados no interior do país, nesta terça-feira. Os donos de farmácia reclamam do aumento da venda de medicamentos genéricos, menos rentáveis, e da venda de determinados medicamentos em supermercados, projeto em estudo no governo.

Os médicos, particularmente os clínicos gerais, reivindicam um aumento do preço da consulta paga pelo sistema público de saúde, hoje fixada em 23 euros, cerca de 70 reais. No caso dos cartórios e oficiais de justiça, o governo quer quebrar o monopólio da categoria na emissão de documentos, a fim de baixar os honorários cobrados da população.

Manifestações em todo o país

Várias manifestações estão previstas nas principais cidades francesas, incluindo em Paris, onde os grevistas se reúnem em frente ao Senado. Eles ameaçam organizar novas ações, caso o governo não recue na reforma sobre as profissões liberais, prevista no projeto de lei “pelo crescimento”, anunciado no início de julho.

O presidente francês, François Hollande, declarou que não existe pacote econômico "indolor". O líder socialista afirmou que para diminuir o endividamento do país, que alcançou 95% do PIB, é preciso fazer economias nos gastos públicos.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.