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Imprensa

Para jornal Le Monde, PT soube capitalizar sobre erros de Marina

Em análise sobre o primeiro turno das eleições brasileiras, o jornal francês Le Monde avalia que o segundo turno da campanha presidencial será bastante “polarizado”. Os eleitores do “gigante da América Latina”, diz o jornal, na edição que chegou às bancas na tarde desta segunda-feira (6), estão divididos entre a fidelidade às conquistas sociais do atual governo e entre o liberalismo para relançar uma economia em marcha lenta.

Dilma Rousseffe Marina Silva no último debate presidencial.
Dilma Rousseffe Marina Silva no último debate presidencial. REUTERS/Ricardo Moraes
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“O suspense durou até o fim.” Le Monde lembra que a corrida presidencial foi marcada por grandes mudanças, como a morte acidental do candidato Eduardo Campos (PSB) e a ascensão e queda de Marina Silva, sua substituta. A disputa retoma, portanto, o embate que já dura 20 anos entre o PT (Partido dos Trabalhadores) e a direita do PSDB.

O vespertino francês destaca que o povo brasileiro quer mudanças, citando a declaração de Marina Silva ao final do primeiro turno: “o país deixou claro que não está de acordo com a situação atual”. O jornal lembra que uma pesquisa revelou que 74% da população quer “mudanças”. Mas essa mesma sondagem, publicada no final de setembro, mostra que a metade dos que querem mudanças, acham que Dilma Rousseff seria capaz de realizá-las.

Estratégia eficaz

Le Monde diz que o resultado extraordinário de Dilma, que obteve 41,5% dos votos, se deve em muito à “formidável eficiência do PT e de sua máquina eleitoral”. Desde o início de setembro, pouco mais de duas semanas após a morte de Eduardo Campos, o PT compreendeu o perigo representado por Marina, que passou a ser alvo privilegiado, ressalta o diário.

Para o jornal francês, a candidata Marina Silva, “que se pretendia arauta de uma nova política”, não conseguiu sustentar seus propósitos, principalmente ao cometer “erros”, como citar “um eventual recurso à energia nuclear e sobre uma lei criminalizando a homofobia”. Para Le Monde, Marina Silva terá muita dificuldade para se reerguer dessa “derrota pessoal”.
 

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