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França/Protestos

Centenas de franceses voltam a protestar contra morte de ecologista pela polícia

Há duas semanas, as manifestações em memória do jovem ecologista Rémi Fraisse, morto pela polícia, são quase diárias na França. Neste sábado (8), passeatas foram organizadas em várias cidades e reuniram centenas de pessoas. Com em dias anteriores, em algumas cidades os manifestantes entraram em confronto com a polícia.

Um ativista ecologista com um cartaz em memória de Rémi Fraisse.
Um ativista ecologista com um cartaz em memória de Rémi Fraisse. REUTERS/Regis Duvignau
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A manifestação em memória de Rémi Fraisse de Toulouse, no sul da França, foi proibida pela polícia. Os manifestantes ignoraram a interdição e o protesto “pelo fim da violência policial” foi marcado por confrontos.

Cerca de 400 pessoas participaram da passeata. Dois carros de policia foram queimados e um policial ficou ferido, após ser atingido por uma pedra. A polícia usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar os manifestantes. Pelo menos quatro pessoas foram detidas em Toulouse.

Em Rennes, no oeste francês, a manifestação também foi proibida pela polícia, mas aconteceu sem maiores incidentes. O protesto no centro da cidade contra “a violência do Estado” reuniu de 200 a 300 pessoas.

Manifestação pacífica em Paris

Em Paris, 1.400 pessoas desfilaram pacificamente em memória do jovem ecologista. Palavras de ordem duras como: “Rémi morto, o povo na rua” ou “polícia assassina, justiça cúmplice”, podiam ser ouvidas. Um manifestante foi detido na capital.

Rémi Fraisse, de 21 anos, foi morto no dia 26 de outubro quando participava de um protesto contra a construção da barragem de Sivens, no sul da França. Ele foi morto por uma granada ofensiva lançada pela polícia para dispersar os manifestantes. O presidente François Hollande prometeu na quinta-feira (6) à família do jovem ecologista que os resultados de uma investigação administrativa serão divulgados em oito dias.

Neste sábado, em entrevista ao jornal Le Parisien, o diretor-geral da Polícia Nacional francesa, defendeu o policial que lançou a granada responsável pela morte de Remi. Segundo ele, o policial respeitou o protocolo e não cometeu nenhum erro.
 

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