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Grupo Estado Islâmico/França

Autoridades investigam participação de outro francês em decapitação

A Justiça da França abriu uma investigação por assassinato e formação de quadrilha após a identificação do francês Maxime Hauchard entre os jihadistas que aparecem decapitando 18 soldados sírios e o norte-americano Peter Kassig em um vídeo. As autoridades tentam agora identificar um segundo francês que também teria participado do massacre.

Reprodução vídeo do jihadista francês Maxime Hauchard.
Reprodução vídeo do jihadista francês Maxime Hauchard. Reprodução vídeo BFMTV
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Maxime Hauchard, de 22 anos, está entre os extremistas ultrarradicais que aparecem no vídeo das decapitações divulgado pelo grupo ultrarradical Estado Islâmico no último domingo (16). Os investigadores trabalham com a possibilidade de que um outro francês também faça parte do grupo de jihadistas e teria participado do massacre.

Hauchard se converteu ao islamismo há cinco anos. Inicialmente, ele recebeu endoutrinamento religioso em uma escola muçulmana da corrente salafista na Mauritânia. Em 2013, o jovem partiu para a Síria com o objetivo de participar da "guerra santa" (jihad) ao lado dos extremistas.

O segundo jihadista francês teria a mesma idade que Hauchard e, como ele, seria originário da região da Normandia, no noroeste da França. Segundo as primeiras informações, o suspeito se converteu ao Islã e foi combater na Síria em agosto de 2013.

Investigações

De acordo com o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, se a participação de um segundo francês no massacre for confirmada, o nome dele “será divulgado”. “Nós estamos realizando investigações e análises que nos permitirão confirmar ou não essa possibilidade”, declarou ao canal de televisão France 2.

Outros países europeus e asiáticos trabalham na identificação dos 17 combatentes do grupo Estado Islâmico que aparecem no vídeo. Embora ainda não tenha sido oficialmente confirmado, a gravação também mostraria o britânico apelidado de “Jihadi John”, o suspeito de ter decapitado dois jornalistas norte-americanos, James Foley e Steven Sotloff, no mês de agosto.

1.132 franceses envolvidos com grupos extremistas

A França ficou chocada com a revelação que traz novamente à tona participação de seus cidadãos em grupos extremistas. Segundo as autoridades, o país tem o maior contingente de europeus no conflito sírio. No total, 1.132 franceses estariam envolvidos direta ou indiretamente com grupos extremistas no Oriente Médio.

Segundo informações divulgadas pelo procurador de Paris, François Molins, a França teria hoje 376 combatentes na jihad, entre eles, 88 mulheres e 10 menores de idade. A maioria deles são jovens provenientes de famílias de imigrantes. Outros 20% se converteram ao islamismo. Mais da metade deste grupo não tinha antecedentes criminais e era desconhecido, até então, dos serviços de investigação franceses.

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