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França/Grupo Estado Islâmico

Depois de identificar jihadistas, França torna-se alvo de ameaças do grupo Estado Islâmico

Depois de ter identificado dois de seus cidadãos entre os jihadistas do grupo Estado Islâmico, a França tornou-se alvo de ameaças em novo vídeo divulgado pela organização terrorista. A filmagem de sete minutos divulgada na noite desta quarta-feira (19) mostra três jovens combatentes armados que convocam seus compatriotas franceses a se juntar aos jihadistas na Síria.

Captura vídeo dos jovens combatentes armados que queimam seus passaportes e chamam outros franceses a se juntar aos jihadistas na Síria.
Captura vídeo dos jovens combatentes armados que queimam seus passaportes e chamam outros franceses a se juntar aos jihadistas na Síria. Reprodução
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Sempre falando em francês, um deles também incentiva os muçulmanos na França a atacar o seu próprio país de todas as formas possíveis. Para completar o vídeo, os três homens, que se identificam como Abu Osama al-Faranci, Abu Maryam al-Faranci e Abu Salman al-Faranci queimam os seus passaportes diante da câmera.

Na quarta-feira, foi identificado um segundo jovem francês que aparecia no vídeo da decapitação em massa ocorrida no fim de semana. Michael Dos Santos, de 22 anos e de origem portuguesa, foi reconhecido no vídeo pela própria mãe. Ele nasceu e viveu em Champigny-sur-Marne, cidade da periferia de Paris. A mãe já havia informado as autoridades sobre a radicalização do rapaz, que agora atende pelo nome de guerra Abu Uthman, mas o alerta foi ignorado.

O perfil do jovem jihadista é considerado extremamente preocupante, dada a naturalidade com que ele posta fotografias e vídeos de decapitações nas redes sociais. Em um vídeo divulgado na metade de outubro, ele pedia aos franceses que atacassem civis nas ruas em represália contra os ataques do exército francês conta a organização terrorista no Iraque.

Aumento da presença militar francesa

A França anunciou também na quarta-feira novos ataques às posições do grupo Estado Islâmico no Iraque e um aumento de seu efetivo militar, de 9 para 15 caças Mirage na região. Recentemente, Paris aumentou sua participação na coalizão comandada pelos Estados Unidos, principalmente em missões de vigilância e bombardeios.

Esse reforço acontece conforme o país começa a se dar conta da quantidade de jovens franceses que se juntaram à jihad. De acordo com o primeiro-ministro Manuel Valls, eles chegam a mil pessoas. Já a líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen, diz que o número é subestimado e pode ultrapassar os 4 mil. De acordo com uma fonte do governo, 51 franceses morreram na Síria e no Iraque.

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