Em Paris, assalto a joalheria Cartier tem tiros, perseguição e refém
Um assalto a uma famosa joalheria perto da avenida Champs Elysées, na capital francesa, assustou os parisienses na noite desta terça-feira (25). A polícia perseguiu os dois assaltantes pelas ruas da cidade até que eles entraram em um salão de beleza e fizeram um cabeleireiro refém, antes de se entregarem. Os homens permanecem presos nesta quarta-feira (26).
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A polícia indicou que os dois homens, de 23 e 30 anos, já tinham passagem policial por assalto. Armados com uma kalachnikov e uma pistola, eles entraram na loja Cartier instalada em um dos bairros mais chiques de Paris, por volta das 18h (15h em Brasília). Os homens obrigaram os três clientes e 10 funcionários a se deitarem no chão, enquanto eles pegavam dinheiro e dezenas de anéis e relógios de diamantes.
Com a chegada da polícia ao local, os ladrões fugiram em uma moto, atirando para o alto. Ao perceberem que não conseguiriam escapar, saltaram da scooter e entraram no cabeleireiro, no 15º distrito da capital, perto do bairro turístico de Montparnasse.
Refém de 64 anos
Imediatamente, os assaltantes fizeram o dono do estabelecimento refém. O homem, de 64 anos, relatou à emissora de televisão francesa BFM ter conseguido acalmar os ladrões, que chegaram nervosos e agressivos ao local. Um deles estava ferido e chegou a receber cuidados do refém. “Foi uma maneira que encontrei de distraí-los, porque eles ficaram bravos com a chegada da polícia”, relatou.
A partir deste momento, os policiais isolaram o local e, apoiados por um helicóptero, negociaram a rendição dos suspeitos. Cerca de 100 agentes foram mobilizados, um dispositivo policial raramente visto na cidade.
“Um negociador conseguiu rapidamente estabelecer o contato e eles aceitaram deixar o refém sair, são e salvo, e se renderam”, explicou o procurador de Paris, François Molins.
As joias roubadas foram recuperadas pela polícia após a prisão dos suspeitos. Eles permanecem detidos e, nesta quarta-feira, foram interrogados na Brigada de Repressão da Criminalidade. Os dois moram no departamento de Seine-Saint-Denis, na periferia da capital.
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