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França/agressão

Atos antissemitas na França cresceram mais de 91% em 2014

O número de atos antissemitas na França cresceu cerca de 91% nos primeiros sete meses do ano em relação ao mesmo período de 2013, segundo o Serviço de Proteção da Comunidade Judaica. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (3), foi feito a partir das queixas prestadas na polícia e também mostra um aumento das ações violentas, tentativas de atentado, incêndios, degradação e vandalismo de 126%.

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Em seu último relatório, a Comissão Nacional de Direitos Humanos também constatou, pela primeira vez desde 1990, uma "baixa da tolerância" em relação aos judeus. Alguns clichês, como a imagem do judeu rico, parecem ter ganhado força no imaginário de parte da população.

Nesta segunda-feira (1), um casal judeu foi agredido em Créteil, na periferia de Paris, em um ato qualificado de antissemita pelo governo francês. O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, se disse “indignado” com a agressão, e afirmou que o caráter religioso do ato está praticamente confirmado.

Na terça-feira (2), o Conselho Representativo das Instituições Judaicas na França denunciou "uma agressão antissemita selvagem" e pediu que um plano de urgência seja instaurado para enfrentar o problema. Em um comunicado, o ministro francês também reafirmou a determinação do governo na luta contra toda forma de racismo e antissemitismo.

Jovem é estuprada durante assalto

Na noite de segunda, três homens encapuzados e armados de fuzis entraram no apartamento da família judia, situado perto do lago de Créteil. Um dos filhos do inquilino, de 21 anos, estava no local com sua companheira, de 19 anos. Em seguida, os assaltantes amarraram os dois, dizendo frases do tipo: "eles são judeus, sabemos onde está o dinheiro."

Durante uma hora e meia, os agressores reviraram o apartamento e exigiram bijuterias, telefone celular e cartões de banco com os códigos de acesso. As investigações também mostraram que a jovem foi estuprada. Dois dos autores do crime foram detidos para interrogatório e reconhecidos pelas vítimas.

Segundo a polícia, os agressores partiram do princípio que o casal "tinha dinheiro porque era judeu." Eles sabiam quem eram as vítimas. Um dos criminosos mora em uma rua próxima ao apartamento. De acordo com o advogado da família, um deles veio até o apartamento alguns dias antes "pedir um pouco de açúcar".

Na terça-feira (2), o Conselho Representativo das Instituições Judaicas na França denunciou "uma agressão antissemita selvagem" e pediu que um plano de urgência seja instaurado para enfrentar o problema. Em um comunicado, o ministro do Interior Bernard Cazeneuve reafirmou a determinação do governo na luta contra toda forma de racismo e antissemitismo.
 

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