Acesso ao principal conteúdo
França/Alemanha

"Muçulmanos são as primeiras vítimas do fanatismo e da intolerância", diz Hollande

Os muçulmanos são as primeiras vítimas do Islã radical no mundo, disse nesta quinta-feira (15) o presidente francês François Hollande durante um discurso no Centro Cultural Instituto do Mundo Árabe, em Paris. De acordo com o chefe de Estado francês, eles têm os "mesmos direitos e deveres de todos os cidadãos e devem ser protegidos."

O presidente François Hollande durante visita ao Instituto do Mundo Árabe
O presidente François Hollande durante visita ao Instituto do Mundo Árabe REUTERS/Ian Langsdon/Pool
Publicidade

A declaração acontece dentro de um contexto do aumento da estigmatização dos muçulmanos na França, religião que conta com mais de 3 milhões de adeptos no país.

"Os muçulmanos são as primeiras vítimas do fanatismo, do fundamentalismo e da intolerância no planeta", ressaltou o presidente francês durante a inauguração do Fórum do Mundo Árabe, uma semana depois dos atentados na França. "O islamismo radical se alimentou de todas as contradições, misérias, desigualdades e outros conflitos", declarou.

De acordo com Hollande, os franceses têm os mesmos direitos e deveres que todos os franceses e a laicidade faz parte desses valores, porque respeita todas as religiões. "A França é um país amigo, mas que tem regras, princípios e valores. Entre esses valores, há os que não podem ser negociados, a liberdade, a democracia."

O presidente disse esperar que os muçulmanos vivendo na França se sintam unidos e protegidos e respeitados, mas também devem respeitar a República. A União das Organizações Islâmicas da França pediu nesta quarta-feira (14) "um gesto forte do presidente" em relação aos muçulmanos franceses, vítimas da ira anti-islâmica.

Alemanha também homenageia vítimas do atentado

A chanceler alemã Angela Merkel prometeu nesta quinta-feira (15) combater a ideologia do terrorismo diante dos deputados do Bundestag, homenageando as vítimas dos atentados ocorridos na semana passada na França. O Parlamento também fez um minuto de silêncio pelas vítimas.

"Aqueles que disseminam o ódio e cometem atos de terrorismo em nome do Islã, seus cúmplices e os articuladores do terrorismo internacional serão combatidos com rigor, e todos os meios à disposição de um Estado de direito serão utilizados", disse a chanceler.

Ela também assegurou que os judeus e muçulmanos da Alemanha serão protegidos pelas autoridades. "Aqui na Alemanha, não vamos nos dividir", afirmou. "Nada pode justificar o terrorismo, nem uma infância difícil nem uma religião." Ela também disse estar consciente que não há “segurança na Alemanha se não há segurança na França."

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.