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Iraque/Coalizão

França usa porta-aviões no combate contra o grupo Estado Islâmico

A França começou a utilizar nesta segunda-feira (23) o porta-aviões Charles de Gaulle nas operações da coalizão internacional contra o grupo Estado Islâmico no Iraque, marcando a sua determinação no combate à ameaça jihadista, sete semanas após os atentados de Paris.

O porta-aviões Charles-de-Gaulle, em direção ao Iraque
O porta-aviões Charles-de-Gaulle, em direção ao Iraque AFP PHOTO / FRANCK PENNANT
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"A ameaça jihadista quer destruir nossos compatriotas, nossos interesses, nossos valores. Em resposta, a França será de uma firmeza total", declarou o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, que lançou a operação a bordo do porta-aviões, considerado um dos principais símbolos da Marinha nacional.

Quatro caças Rafale decolaram no início da manhã do Charles de Gaulle, que navega a 200 km do norte do Baréin, no Golfo Pérsico, em direção ao Iraque. As aeronaves chegaram aos seus destinos após uma hora e meia de voo, duas horas a menos que o tempo que levavam partindo da base de d'Al-Dhafra, nos Emirados Árabes Unidos, utilizada pela Aeronáutica francesa.

Oito semanas

O Charles de Gaulle, que partiu no dia 13 de janeiro de Toulon, no sul da França, para uma missão de cerca de cinco meses, será utilizado durante oito semanas no Golfo, ao lado do porta-avião USS Carl Vinson, como parte da coalizão internacional comandada pelos EUA, segundo Le Drian. Depois desse período, o porta-voz continuará viagem em direção à Índia.

Com doze caças Rafale e nove Super Étendard modernizados a bordo, o Charles de Gaulle vai reforçar bastante o dispositivo francês na região, que contava até agora com nove Rafale nos Emirados Árabes Unidos e seis Mirage 2000D na Jordânia.

Desde meados de setembro de 2014, os caças franceses realizaram uma centena de missões de reconhecimento e ataques no Iraque, em apoio às forças iraquianas e aos peshmergas curdos que combatem contra o EI. A França é, ao lado da Austrália, um dos principais colaboradores militares da coalizão de 32 países contra o grupo radical, ainda que ambos estejam bem atrás dos Estados Unidos.

A coalizão realizou desde 2014 mais de 2.000 ataques no Iraque e na Síria. Os caças franceses atuam apenas no lado iraquiano. O governo francês acha que um envolvimento na Síria poderia reforçar o regime de Bachar
al-Assad.

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