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França/Charlie Hebdo

Nova edição do Charlie Hebdo atrai menos leitores

Sete semanas após o atentado terrorista, que quase dizimou a redação do Charlie Hebdo, o jornal satírico voltou às bancas nesta quarta-feira (25). Mas o segundo número depois dos ataques não provocou o mesmo entusiasmo que a chamada “edição dos sobreviventes”, que esgotou assim que chegou às bancas, em 14 de janeiro, e teve que ser reimpressa várias vezes até atingir 8 milhões de exemplares.

Captura vídeo da compra da segunda edição do jornal Charlie Hebdo, após os atentados.
Captura vídeo da compra da segunda edição do jornal Charlie Hebdo, após os atentados. FRANCE 2
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A redação do Charlie Hebdo esperou um mês e meio para elaborar um novo número. A segunda edição do jornal satírico após os ataques de janeiro foi impressa a 2,5 milhões de exemplares.

Na manhã desta quarta-feira, os jornaleiros relatam uma venda bem menos intensa do que o número anterior, quando os leitores foram obrigados a reservar jornais para conseguir comprá-los. Logo após a abertura, as bancas vendiam pouco mais de 20 exemplares, diferente das centenas de jornais disputadas pelos leitores que se acumulavam em longas filas no dia 14 de janeiro.

C’est reparti!

"C'est reparti!", ou "lá vamos nós outra vez", é a manchete de capa do novo Charlie, que estampa um desenho do célebre cartunista Luz. Na capa vermelha, vemos um cachorro, correndo com um exemplar do semanário entre os dentes e sendo perseguido por um grupo de cães raivosos. Os personagens enfurecidos são representados pela líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, pelo papa Francisco, além de um terrorista e de um banqueiro.

O jornal retoma agora seu ritmo normal e volta às bancas uma vez por semana. O principal problema da publicação após os atentados é a reestruturação da redação e o recrutamento de novos cartunistas, que têm medo de integrar a equipe do Charlie Hebdo.

Na redação, o clima é de luta pela liberdade de imprensa. O editor-chefe do jornal, Riss, está consciente que nada será como antes dos atentados, mas diz não temer o futuro.

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