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Acidente/Argentina

Solidariedade entre atletas franceses ajuda a superar tragédia na Argentina

Os atletas franceses do reality show Dropped e a equipe de produção do programa do canal TF1 deixam a Argentina nesta sexta-feira (13) e chegam à França no sábado pela manhã. Eles prestaram depoimento ao juiz responsável pela investigação do acidente com dois helicópteros que matou dez pessoas na segunda-feira.

Alain Bernard (à esquerda) assistiu "impotente" ao acidente.
Alain Bernard (à esquerda) assistiu "impotente" ao acidente. Reuters
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Entre as vítimas fatais do acidente havia três atletas franceses de alto nível: a ex-navegadora Florence Arthaud, a ex-nadadora Camille Muffat e o boxeador Alexis Vestine.

A ciclista Jeannie Longo, que faz parte dos atletas participantes do programa, contou à correspondente local da RFI como a equipe tem enfrentado a tragédia.

"Nós somos muito solidários, estamos juntos com a equipe de gravação, no mesmo hotel, em uma espécie de bolha de solidariedade", contou a ciclista. Ela enviou um recado aos familiares e amigos das vítimas: "Eu gostaria que vocês guardassem de seus filhos, irmãos, esposos, a lembrança de que eles partiram felizes, muito contentes. E guardem a imagem de excelentes esportistas que eles foram."

O nadador Alain Bernard e o patinador Philippe Candeloro relataram ao juiz Daniel Herrera que assistiram "impotentes" ao acidente e viram os dois aparelhos pegarem fogo.

O juiz argentino autorizou o retorno dos atletas e da equipe após colher os depoimentos. Para acelerar a volta, o magistrado ouviu os relatos no hotel onde a equipe francesa estava hospedada, até ontem, na província de La Rioja.

Identificação dos corpos

Uma equipe com mais cinco especialistas franceses deve chegar à Argentina para ajudar na investigação e na identificação das vítimas. No grupo estão um médico legista, um dentista e um expert em impressão digital.

Os corpos das vítimas estão irreconhecíveis e será preciso realizar testes de DNA e das impressões digitais para ajudar no reconhecimento. Só então os certificados de óbito serão emitidos. Outros dois especialistas designados pelo Tribunal de Paris, que abriu um inquérito sobre o acidente, completam a equipe.

Inquérito

No local do acidente, as carcaças dos dois helicópteros começaram a ser desmontadas pelos peritos da BEA, a agência francesa de investigação para a segurança da aviação civil, da Turbomeca, fabricante dos motores, e da Eurocopter, construtora das aeronaves. Os dois aparelhos de modelo Esquilo eram relativamente novos, fabricados em 2010. Os helicópteros não possuem caixas-pretas, o que limita as investigações.

A hipótese mais provável para o acidente é a falha humana. Um dos pilotos pode ter tido a visão ofuscada pelo sol ou ter se distraído ao conversar com um passageiro, provocando o choque fatal.

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