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França/Política

Direita deve vencer socialistas em eleições departamentais na França

Mais de 40 milhões de eleitores franceses devem comparecer às urnas neste domingo (29) para o segundo turno das eleições departamentais. O maior partido de oposição, UMP, do ex-presidente Nicolas Sarkozy, é o grande favorito e deve infringir uma derrota histórica e humilhante para a esquerda. As urnas devem confirmar também a expansão do partido de extrema-direita Frente Nacional.

Eleitora francesa deposita voto na urna no primeiro turno das eleições departamentais, em 22 de março.
Eleitora francesa deposita voto na urna no primeiro turno das eleições departamentais, em 22 de março. AFP PHOTO / PASCAL POCHARD-CASABIANCA
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A participação dos eleitores é considerada fundamental para os resultados finais das eleições departamentais. No primeiro turno, na semana passada, a abstenção foi grande, 49,83%. A esquerda espera mobilizar seus partidários para evitar um eventual vexame nas urnas. Atualmente o Partido Socialista (PS) comanda 61 departamentos e caso não consiga manter a metade deles, haverá uma forte pressão sobre o governo do primeiro-ministro Manuel Valls.

Dentro da estrutura administrativa francesa, os departamentos são responsáveis pelo gerenciamento de um orçamento anual superior a € 70 bilhões (R$ 247 bilhões). Os conselhos departamentais definem a aplicação desses recursos para construção re reforma de estradas, ajudas sociais entre outros investimentos com impacto no desenvolvimento econômico regional.

No primeiro turno, o partido extremista Frente Nacional recolheu 25,2% dos votos, um aumento de 10 pontos em relação à 2011. O FN chegou em primeiro em 43 departamentos.

A aliança de direita entre a UMP e a UDI conquistou 28,75% dos eleitores, batendo o Partido Socialista, que teve 21,47% dos votos. O cálculo eleitoral pode permitir à direita vencer em mais 30 departamentos. Segundo cálculos otimistas do partido conservador, a UMP poderá controlar até 80 departamentos de um total de 101. A ambição da legenda liderada por Nicolas Sarkozy é tirar do PS departamentos tradicionais da esquerda como Isére, Pirineus Orientais e Allier.

Extrema-direita em apuros

Sem aliados, a Frente Nacional terá dificuldades em passar dos 50% de votos em disputas onde terá apenas um adversário pela frente. As chances aumentam para o partido de extrema-direita no caso de "triangulares", com três candidatos na disputa do segundo turno, como permite a lei eleitoral francesa.

Em alguns departamentos onde não havia chances de ganhar, o PS se retirou para facilitar a vitória do partido UMP, liderado por Sarkozy, e evitar o sucesso da Frente Nacional.

A campanha termina à meia-noite deste sábado. A votação nas eleições departamentais na França acontece das 8 às 18 horas na maioria das cidades. Em grandes centros urbanos como Bordeaux, Marselha, Nantes, Toulouse e na região metropolitana de Paris as urnas ficam abertas até às 20 horas, pelo horário local.
 

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