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Sarkozy/Justiça

Sarkozy escapa de indiciamento em inquérito

O ex-presidente Nicolas Sarkozy será convocado como testemunha em um processo judicial que investiga irregularidades nas contas de sua campanha presidencial de 2012. A decisão foi anunciada pelo Tribunal de Grande Instância de Paris, onde Sarkozy foi interrogado nesta quarta-feira (1). A Justiça considerou que não havia elementos suficientes para indiciar o líder de direita. Ele foi arrolado como testemunha no caso.

O ex-presidente Nicolas Sarkozy.
O ex-presidente Nicolas Sarkozy. Nicolas Sarkozy, former French president and current UMP conserv
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Três dias após a vitória de seu partido UMP nas eleições departamentais francesas, o ex-presidente Nicolas Sarkozy voltou a dar esclarecimentos à Justiça. Ele prestou depoimento aos juízes do polo financeiro do Tribunal de Grande Instância de Paris sobre irregularidades nas contas de sua campanha de 2012.

Sarkozy teve suas contas da campanha rejeitadas pelo Conselho Constitucional porque os gastos extrapolaram o montante fixado por lei. A decisão impediu que o partido UMP recebesse um reembolso de € 10 milhões a título de financiamento oficial do Estado. Além disso, o Conselho mandou que o candidato Sarkozy restituísse um avanço de € 153 mil e pagasse uma multa de mais de € 360 mil.

Para honrar os compromissos, Sarkozy fez um apelo a doações dos militantes e, na sequência, o partido pagou as multas. Porém, segundo a lei eleitoral, a penalidade deveria ter sido paga pelo próprio candidato. O caso levou o ex-presidente do partido, Jean-François Copé, a ser indiciado em fevereiro por abuso de confiança. Em dezembro, a ex-tesoureira da UMP também foi indiciada pelo mesmo crime.

Desde que deixou a presidência, em 2012, Sarkozy foi envolvido em vários escândalos judiciais que podem ser obstáculos em seus planos de voltar ao Palácio do Eliseu.

Caixa 2

Paralelamente, três responsáveis pela campanha estão sob custódia da polícia francesa desde a manhã desta quarta-feira. Eles estão envolvidos no escândalo conhecido como Bygmalion, nome de uma empresa de comunicação suspeita de comandar um esquema de notas frias durante a campanha para a reeleição de Sarkozy, também para impedir os gastos excessivos.

O ex-diretor de campanha, Guillaume Lambert, o ex-tesoureiro, Philippe Briand, e o advogado do partido, Philippe Blanchetier, prestam depoimentos no Escritório anticorrupção da polícia judiciária de Nanterre, na região parisiense.

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