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França/Política

Hollande anuncia novo benefício para aumentar a renda dos trabalhadores mais pobres

A dois anos da eleição presidencial, François Hollande volta a insistir na promessa já feita na campanha de 2012: a queda do desemprego. Em um programa de televisão de quase duas horas neste domingo (19), o presidente francês interagiu com o público e anunciou novas medidas para melhorar a situação dos jovens sem trabalho ou em situação precária.

François Hollande no programa "Supplément " da emissora francesa Canal +.
François Hollande no programa "Supplément " da emissora francesa Canal +. AFP PHOTO / POOL / PHILIPPE WOJAZER
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Sem rodeios, François Hollande admitiu no programa "Supplément" do Canal+ que a promessa de “inverter a curva do desemprego” até o final de 2013 foi um “fracasso”. O presidente reconheceu que, na verdade, o contingente de desempregados na França aumentou entre 2012, ano da sua posse, e 2014. No total, há mais 600 mil desempregados na França.

Hollande, porém, procurou não mostrar desânimo e reiterou que o assunto é a prioridade do seu mandato. “Concederam-me um mandato de cinco anos. Vou lutar para atingir o resultado que prometi. Ou seja, baixar o desemprego”.

O presidente francês anunciou ainda a criação de um benefício para complementar a renda dos trabalhadores em situação precária sujeitos à baixa remuneração. . “É preciso que o trabalho seja valorizado para que os franceses saiam da resignação. [...]. Os mais jovens são os que se encontram em situações mais precárias. São eles que aceitam estágios, subempregos e contratos de menos de um mês. Esse benefício vai apoiá-los no retorno ao emprego”.

Esse complemento de salário vai entrar em vigor a partir de 2016, mas Hollande não deu detalhes sobre quais os critérios necessários para ter acesso ao benefício. O presidente também afirmou que o Estado vai oferecer “incentivos” para as pequenas empresas que contratarem “jovens aprendizes”.

Hollande não confirma se será candidato à reeleição

Para o presidente francês, há uma clara relação entre o descrédito da política dos partidos tradicionais e a ascensão da Frente Nacional nas urnas. O presidente francês disse, no entanto, que o movimento liderado por Marine Le Pen “não é um partido republicano”. Ele continuou: “A realidade não pode ser negada, mas as ideais da Frente Nacional devem ser combatidas. Peço a todos que debatam com a Frente Nacional para que a ilusão das propostas [do partido] sejam desfeitas”.

Sobre um confronto direto entre Hollande e Marine Le Pen em 2017, o presidente socialista se esquivou. “De todo modo, haverá uma campanha, mas vamos ver se eu estarei nela”, desconversou. Ele prometeu também que “os últimos minutos do seu mandato” serão tão intensos quanto as “primeiras semanas”.

 

 

 

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