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Laboratório nuclear a 30 km de Paris pode fabricar a bomba atômica

O diário conservador Le Figaro traz uma reportagem, nesta sexta-feira, sobre o ultrasecreto laboratório francês onde se realizam os testes com armas atômicas. O laboratório fica enterrado a 8 metros de profundidade, 30 km ao sul de Paris, e conta com um parque de 140 mil computadores.

Capa do jornal Le Figaro
Capa do jornal Le Figaro RFI
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"No coração do santuário nuclear francês" é o título da reportagem, na página 2, de Le Figaro. O jornal destaca os méritos dos computadores mais poderosos do mundo, entre eles o Tera 100, capaz de reproduzir todas as etapas de concepção de uma arma nuclear sem precisar testá-la, no deserto do Saara ou na Polinésia, como aconteceu no passado. Criado em 1958, o laboratório nuclear francês já fabricou as bombas A e H, testadas de verdade com tristes consequências para a natureza e os técnicos envolvidos nos ensaios.

A evolução da tecnologia permitiu a substituição dos testes poluentes e maléficos à saúde por simulações feitas por computador. Os modernos mísseis ASMPA foram testados somente por simulação, em 2009. As cabeças nucleares que vão equipar o novo míssil balístico francês M51 também foram desenvolvidas e testadas inteiramente por computador.

O laboratório de alta tecnologia nuclear fica na cidade de Bruyères-Le-Châtel, ao sul da região parisiense, e é protegido com portas de aço automáticas, como nos cenários dos filmes de James Bond. No local trabalham 2 mil especialistas, uma elite de matemáticos e físicos franceses, que desenvolvem todo tipo de arma nuclear. O diretor do laboratório, Daniel Verwaerde, afirma à reportagem que esse poder de dissuasão dá uma enorme vantagem à França, que pode se posicionar em pé de igualdade com os Estados Unidos.

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