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Jornais franceses condenam divulgação dos telegramas diplomáticos pelo Wikileaks

A repercussão dos telegramas diplomáticos divulgados pelo site Wikileaks e as incertezas sobre a estabilidade da zona euro estão nas manchetes dos jornais franceses de hoje.

Jornais franceses desta terça-feira destacam a crise na zona europa e a repercussão das divulgações do site Wikileaks.
Jornais franceses desta terça-feira destacam a crise na zona europa e a repercussão das divulgações do site Wikileaks. RFI
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A divulgação dos mais de 250 mil telegramas diplomáticos confidenciais pelo site Wikileaks foi altamente condenada pelos jornais franceses. Os editorias dos grandes jornais do país destacam o assunto. Le Figaro menciona que a divulgação massiça de documentos é um ato de ma-fé e que seria muito ingênuo de se alegrar com isso. O jornal conservador prevê ainda que os vazamentos terão um impacto muito negativo na conduta da diplomacia americana, que incita as capitais a controlar muito mais as suas informações.

O jornal Libération afirma que é de direito dos Estados conservar segredos de defesa e também discutir confidencialmente com aliados e adversários. O jornal afirma ainda que é paradoxal perceber que o site Wikileaks ataca diretamente as sociedades democráticas, "deixando de lado as ditaduras mais opacas e mais repressivas".

Crise na zona euro

Em tom crítico, o diário comunista L'Humanité afirma que "o liberalismo põe fogo na Europa". O jornal menciona o fracasso do plano de ajuda à Irlanda. Mesmo depois do anúncio dos 85 bilhões de euros ao país, a zona euro continua sendo vítima dos ataques especulativos. Le Figaro explica que além de Irlanda, Portugal e Espanha, as incertezas econômicas se estendem a outros dois países: Bélgica e Itália.

O jornal Libération lança o questionamento se "é preciso organizar a falência dos estados da zona euro" diante do risco de insolvência das economias mais fragilizadas pela crise. O Libé entende que os líderes europeus estão convencidos disso e já se preparam para colocar esse plano em prática. Como o peso das dívidas públicas poderá ficar insuportável para as economias mais frágeis, os ministros das Finanças da zona euro, o Banco Central Europeu e o FMI decidiram que, a partir de 2013, os países com dificuldade de reembolso poderão negociar um plano de restruturação dos pagamentos, em outras palavras, dar um calote em parte da dívida. Com isso, o prejuízo não ficará somente nas costas do Banco Central Europeu, do FMI e dos países mais ricos da zona, mas também será compartilhado com os bancos.
 

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