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Costa do Marfim/Crise política

França entra em guerra na Costa do Marfim para destituir Gbagbo

Três semanas após a intervenção militar na Líbia, a França entrou novamente em guerra, desta vez na Costa do Marfim. Segundo o governo francês, a pedido do secretário-geral da ONU, helicópteros da força francesa Licorne e das Nações Unidas bombardeiam desde a noite de ontem bases militares de Laurent Gbagbo, principalmente depósitos de armas pesadas em Abidjan e arredores.

Abidjan: explosões em um reduto pró-Gagbo na noite do dia 4 de abril.
Abidjan: explosões em um reduto pró-Gagbo na noite do dia 4 de abril. REUTERS/Luc Gnago
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Os mísseis destruíram tanques, blindados e armas de artilharia. As forças do presidente eleito e reconhecido pela ONU, Alassane Ouattara, lançaram na tarde dessa segunda-feira o ataque final aos bastiões de Gbagbo em Abidjan, nos bairros onde se encontram o palácio presidencial e a mansão do dirigente. As forças pró-Ouattara afirmam ter tomado o controle da casa de Gbagbo, mas a informação ainda não pode ser confirmada.

Em retaliação à posição da França pró-Ouattara, homens de Gbagbo sequestraram ontem em um hotel de Abidjan dois franceses, um beninense e um malaio.

Na base militar de Port-Bouët, em Abidjan, os militares franceses continuam protegendo 1.350 estrangeiros. Outros 450 já deixaram a cidade.

O presidente americano, Barack Obama, recomendou a Gbagbo nesta segunda-feira que respeite a vontade de seus compatriotas e pare de reivindicar a presidência.

Nesta terça-feira, o governo da Rússia lançou um apelo para o fim dos combates e negociações para resolver a crise marfinense. "Lançamos um apelo insistente para que as duas partes marfinenses cessem imediatamente o banho de sangue e promovam um diálogo com o objetivo de uma solução política para este conflito", escreveu a chancelaria russa em um comunicado. 

Rendição

O embaixador da Costa do Marfim na França, Ally Coulibaly, disse na manhã desta terça-feira em entrevista a RFI que Gbagbo estaria negociando sua rendição.

“Não se trata de manipulação. De acordo com as informações de que disponho, ele estaria negociando para se render, porque se deu conta que chegou ao fim, ele não pode mais nada, não pode mais continuar na sua obstinação criminosa para se manter no poder”, disse Coulibaly. “De todas as formas, o final está próximo”, concluiu o embaixador.
 

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