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Paquistão/Terrorismo

Exército do Paquistão admite “deficiências” na procura por Bin Laden

O exército do Paquistão admitiu “deficiências” na coleta de informações sobre o paradeiro de Ossama Bin Laden, orientou seus dirigentes a limitar a presença de instrutores americanos no país e ainda ameaçou rever sua cooperação com Washington caso os Estados Unidos promovam outro ataque como o que matou o líder da rede Al Qaeda.

Brigada anti-terrorista nas ruas de Abbottabad, no Paquistão.
Brigada anti-terrorista nas ruas de Abbottabad, no Paquistão. Reuters
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“Admitindo suas próprias deficiências nas informações sobre a presença de Ossama Bin Laden no Paquistão, os sucessos dos Inter Serviços de Inteligência (ISI, serviços secretos vinculados ao exército) contra a Al-Qaeda e seus aliados terroristas no Paquistão foram revelados e não há comparações”, diz o comunicado do Estado Maior das Forças Armadas, após uma reunião presidida pelo chefe da instituição, o general Ashfaq Parvez Kayani.

Kayani também deu instruções a todos os chefes da hierarquia da instituição militar paquistanesa para reduzir o número de instrutores militares americanos presentes no país para o mínimo necessário.

“O chefe do Estado-maior disse claramente que toda nova operação desse tipo (o ataque contra Bin Laden), violando a soberania do Paquistão, desencadearia uma revisão do nível de cooperação militar e no setor de informações com os Estados Unidos”, informa o texto.

O chefe do movimento palestino no exílio, Khaled Mechaal qualificou de “atroz” a maneira como o líder da rede Al Qaeda, Ossama Bin Laden foi assassinado pelos americanos e seu corpo lançado ao mar.
A declaração foi feita no Cairo onde o líder do Hamas participou da cerimônia de assinatura do acordo de reconciliação com o movimento Fatah que governa a Cisjordânia.

"Os árabes e muçulmanos são seres humanos e o Ocidente deve tratá-los com dignidade, sejam eles ou não adeptos de Bin Laden”, acrescentou. “Há regras morais a serem respeitadas e o derramamento de sangue árabe e muçulmanos por americanos ou outros não é permitido”, afirmou.

Na segunda-feira, o líder do movimento palestino que controla a Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, já tinha condenado o ataque dos Estados Unidos contra o chefe da rede Al Qaeda. Bin Laden foi chamado por Haniyeh de “guerreiro árabe”.

 

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