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DSK/França

Strauss-Kahn vai falar pela primeira vez, neste domingo

Dominique Strauss-Khan escolheu o canal de TV francês TF1 para fazer sua primeira declaração pública, depois do escândalo sexual ocorrido em maio passado, em Nova York. Os advogados da camareira Nafissatou Diallo denunciam um conflito de interesses.  

DSK deve comentar o caso que destruiu seus sonhos presidenciais, neste domingo, na TF1.
DSK deve comentar o caso que destruiu seus sonhos presidenciais, neste domingo, na TF1. RFI
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O ex-diretor-gerente do FMI deve dar, pela primeira vez, a sua versão dos fatos que destruíram seus projetos de concorrer à presidência da França pelo Partido Socialista, no ano que vem.

Durante sua participação no jornal das 20h da TF1 (15h no horário de Brasília), neste domingo, comenta-se que DSK poderia falar das circunstâncias do seu encontro com a arrumadeira do Sofitel, Nafissatou Diallo, e comentar o outro caso jurídico em que está envolvido, acusado de agressão sexual pela jornalista francesa Tristane Banon.

Escândalos sexuais à parte, há uma grande expectativa sobre os projetos políticos de Strauss-Khan. Alguns socialistas gostariam que ele considerasse a possibilidade de participar de um eventual governo de esquerda, em caso de vitória nas presidenciais de 2012.

O tema divide e embaraça o PS. Um dos candidatos às primárias, Arnaud Montebourg, pede que ele se desculpe por seu comportamento diante dos membros do partido, assim como fez aos ex-companheiros do Fundo Monetário Internacional. Até agora, DSK fez apenas curtas declarações mencionando "um erro de minha parte", relatando que "viveu um pesadelo" ou foi vítima de uma experiência "terrível e injusta".

As pesquisas de opinião na França indicam que a imagem do político foi bastante afetada pelo escândalo, mesmo se ele foi beneficiado pelo abandono das acusações pelo procurador de Nova York.

Reações dos advogados de Nafissatou Diallo

Dominique Strauss-Khan será interrogado no domingo por Claire Chazal, jornalista que é amiga de sua esposa, Anne Sinclair, no mesmo canal de TV onde esta trabalhou por muitos anos. O contexto desagradou aos advogados da camareira, Kenneth Thompson e Douglas Wigdor, que divulgaram um comunicado neste sábado denunciando a situação; eles acham que Claire Chazal não tem neutralidade suficiente para questionar o entrevistado. Eles querem que DSK explique como conseguiu ter uma relação sexual consentida com uma pessoa que nunca tinha visto, alguns minutos depois de encontrá-la.

'"Os franceses e o mundo inteiro têm o direito de ouvir o senhor Strauss-Khan responder a questões precisas sobre o seu comportamento no dia 14 de maio", conclui o comunicado dos advogados.

Nos Estados Unidos, os advogados de DSK conseguiram prolongar para o dia 26 de setembro a resposta à queixa da Nafissatou Diallo diante do tribunal de Bronx, em Nova York. A mulher ainda pode conseguir uma condenação de Strauss-Khan no civil e forçá-lo a pagar uma indenização.

 

 

 

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