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Imprensa

Consórcio europeu EADS quer acelerar investimentos no Brasil

A inauguração em São Paulo da nova sede social do consórcio europeu EADS é a ocasião para o jornal Le Figaro revelar as ambições da gigante do setor aeronáutico no Brasil. O país se tornou uma das prioridades de investimentos da empresa, que decidiu transferir tecnologia aos brasileiros para também expandir suas atividades aos setores de telecomunicações e segurança, afirma o jornal.

O presidente da EADS, Louis Gallois.
O presidente da EADS, Louis Gallois. Flickr/Ammar Abd Rabbo
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A reportagem do Le Figaro começa com uma declaração do presidente do grupo EADS, Louis Gallois, onde ele explica que todas as divisões do consórcio foram reunidas na capital paulista para dar mais eficiência à empresa. As ambições da EADS no Brasil são grandes, afirma o jornal, explicando que o grupo quer acelerar seus investimentos a partir de uma base comercial e industrial bastante sólida com as presenças da Airbus e da Eurocopter, pioneira na tranferência de tecnologia. Única fabricante de helicópteros instalada no Brasil, desde 1978 com sua filial Helibrás, a Eurocopter vai abrir em breve uma nova fábrica em Itajubá, Minas Gerais, lembra o jornal.

Le Figaro informa que a nova unidade vai trabalhar na montagem do modelo EC 725 destinado ao Exército brasileiro, que já encomendou 50 aparelhos desde 2008. Em três anos, 50% do valor agregado já é produzido no Brasil e a partir do 26° helicóptero somente a carçaca do aparelho será feita na França, garante o Le Figaro.

O Brasil se tornou a 4ª maior base industrial da Eurocopter no mundo e a primeira fora da Europa, e até 2015 o número de empregados pulará para 1.100, quase o dobro dos atuais 610 funcionários.  "Com a Helibrás, a EADS se tornou uma cidadã brasileira", afirmou Louis Gallois, afirmando que a transferência de tecnologia aos brasileiros abriu as possibilidades para o grupo franco-alemão investir em outros setores.

Le Figaro escreve que na última sexta-feira a presidente Dilma Roussef adotou as últimas medidas de apoio à indústria estratégia para que o Brasil não seja mais dependente de equipamentos estrangeiros. Diante desta perspectiva, o grupo EADS pretende investir no futuro satélite brasileiro de telecomunicações para satisfazer as necessidades das Forças Armadas e também melhorar o acesso de internet de banda larga.

Le Figaro informa ainda que uma das filiais do grupo EADS já criou uma joint-venture com a Odebrecht e não exlcui uma associação com a europeia Thales, para oferecer os equipamentos de vigilância das fronteiras terrestres e marítimas do Brasil, um negócio estimado em 7,5 bilhões de euros em 5 anos.

Organizador da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, o Brasil é consciente que precisa investir pesado na segurança, conclui o Le Figaro.

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